Lançado programa para «fortalecer, proteger e revitalizar a Serra do Caldeirão»

Iniciativa abrange os concelhos de São Brás de Alportel, Loulé e Tavira

Um programa que visa «fortalecer, proteger e revitalizar a Serra do Caldeirão» foi oficialmente lançado no dia 17 de Março, com uma reunião de parceiros que decorreu no Salão Nobre da Câmara Municipal de São Brás de Alportel.

O Programa Setorial de Reordenamento e Gestão da Paisagem da Serra do Caldeirão, que abrange os concelhos de São Brás de Alportel, Loulé e Tavira, acrescenta. está a ser desenvolvido pela Direção-Geral do Território e deverá concluído até final do ano.

«Este inovador programa procura identificar as medidas de reconversão da floresta que permitam, num quadro de alterações climáticas, reduzir o perigo de incêndio, através da diminuição da carga de combustível e da sua continuidade e dotar o território de maior resiliência, mediante a procura de estratégias que visem novas dinâmicas de ocupação humana e novas formas de potenciar os seus recursos», segundo a Câmara de São Brás de Alportel.

A iniciativa também pretende «criar uma floresta ordenada, bio diversa, humanizada e resiliente, conjugada com um mosaico agrícola, agroflorestal e silvo pastoril, capaz de prestar diversos serviços ambientais e de sustentar atividades económicas que lhe estão associadas e reduzir significativamente a severidade da área ardida».

A iniciativa envolve «entidades locais e regionais com responsabilidade e influência direta sobre o território da Serra do Caldeirão, entre as quais os municípios de Loulé e Tavira, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve, marcaram presença nesta sessão de lançamento deste programa que está alinhado com as metas assumidas no quadro do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), na componente da Transformação da Paisagem dos Territórios de Floresta Vulneráveis e com o Plano de Gestão Integrada de Fogos Rurais (PNGIFR)».

Vítor Guerreiro, presidente da Câmara Municipal de São Brás de Alportel,  vê neste programa potencial «para a diminuição do risco de incêndio, para a valorização patrimonial e promoção económica, sem que se perca de vista a necessidade de combater a desertificação destes territórios serranos que se debatem com dificuldades práticas e legais para atrair residentes e atividades».

«Em São Brás de Alportel, este processo terá necessariamente o envolvimento das pessoas, na continuidade das práticas de gestão participada, pois só com as pessoas nos territórios podemos protege-los e dar-lhes futuro», referiu, por seu lado, Marlene Guerreiro, vice-presidente da autarquia responsável pelas pastas do empreendedorismo, turismo e participação.

 

 



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