Consórcio com muitos algarvios vai usar algas para criar produtos inovadores

O consórcio Vertical Algas insere-se no Pacto da Bioeconomia Azul

Fotos: Necton, por Benjamin Schmid

38 entidades do país, 11 das quais do Algarve, lideradas pela empresa algarvia Necton, vão criar novos produtos, processos e serviços sustentáveis a partir de algas, no âmbito de um consórcio que terá a sua reunião de arranque presencial no dia 27 de Março, às 11h00, no Campus da Penha da Universidade do Algarve, em Faro.

Inserido no Pacto da Bioeconomia Azul, o Vertical Algas é um consórcio com um orçamento total de 44 milhões de euros, que «visa dotar o setor das algas nacional da capacidade e das vantagens competitivas necessárias, assentes em novos produtos, processos e serviços sustentáveis, para competir nos mercados globais e elevar a marca nacional na Bioeconomia Azul Europeia», segundo o GreenCoLab, uma das entidades algarvias envolvidas no projeto.

Na reunião de dia 27, onde são esperados cerca de uma centena de participantes, «serão discutidos os objetivos, atividades e progressos deste consórcio», que integra «grandes grupos empresariais, PME, startups inovadoras e especializadas, Universidades, Laboratórios Colaborativos, Centros de I&D e Associações Empresariais».

Do Algarve, são 11 as entidades que participam neste Vertical, desde empresas (Campina, Hubel Verde, Hubel Engenharia e Sustentabilidade, Necton, SeaCulture, Sea4Us e Sparos), a entidades do Sistema Científico e Tecnológico (CCMar, GreenColab, IPMA e S2AQUAcoLAB).

 

Fotos: Necton, por Benjamin Schmid

 

O Vertical Algas propõe-se, desde logo, a «desenvolver processos produtivos mais sustentáveis e digitalizados, que resultem em aumento de produtividade e redução de custos», bem como a «desenvolver processos de colheita, secagem e transformação/biorrefinaria de biomassa mais sustentáveis, que aproveitem a biotecnologia azul para obter novos ingredientes de alto valor acrescentado».

O consórcio também quer desenvolver «aplicações inovadoras à base de algas para os mercados nutracêuticos e cosmecêuticos, refeições pré-preparadas e novos alimentos para consumo humano, novos alimentos funcionais para a aquicultura e novas soluções agrícolas (ou seja, biofertilizantes, biopesticidas e estimulantes da microbiota)» e «avaliar os requisitos legais necessários para a aprovação dos novos produtos e processos e sua introdução no mercado».

O Vertical Algas é cofinanciado pelo PRR – Plano de Recuperação e Resiliência e pelos Fundos da Next Generation EU, sendo a maior iniciativa da agenda Pacto da Bioeconomia Azul. Este pacto visa reindustrializar a bioeconomia azul através da criação de novos modelos económicos assentes no aproveitamento de biorrecursos marinhos, criando também o primeiro hub europeu de bioeconomia azul.

Liderada pela Inovamar (que tem no seu capital acionista a Sociedade Francisco Manuel dos Santos, o Grupo Amorim, a Oceano Fresco, a TMG, a Canreal, a Necton, a ETSA e a Sonae), representa um investimento de 133 milhões de euros e envolve um total de 83 parceiros.

 

Fotos: Necton, por Benjamin Schmid

 

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