O ano de 2022 foi mais seco que o normal em grande parte dos países do sul da Europa, mas também no Reino Unido, na região sudeste na Noruega e em alguns locais da Europa Central.
Além disso, os últimos oito anos foram os mais quentes já registados a nível global, de acordo com o Copernicus Climate Change Service (C3S), tendo 2022 sido o 5º ano mais quente, com uma anomalia de 0.49 °C em relaçao à normal de 1981-2010.
Segundo o boletim climatológico anual preliminar do ano 2022, divulgado hoje pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), na Europa, a temperatura média do ar foi 1.32°C superior à normal 1981-2010, sendo o segundo ano mais quente (2020 foi o mais quente com uma anomalia de 1.6°C).
Em todas as regiões da Europa verificaram-se temperaturas mais altas que a média, acrescenta o IPMA.
Em Portugal continental, o ano de 2022 classificou-se como extremamente quente em relação à temperatura do ar e seco em relação à precipitação.
Foi também, em Portugal continental, o ano mais quente desde 1931 (média da temperatura do ar, 1.38 °C acima do valor normal 1971-2000);
Foram registados, em Portugal, novos extremos absolutos de temperatura máxima, em 40 estações, em Julho, de temperatura mínima, em 21 estações em Julho, bem como de precipitação, em 4 estações em Dezembro.
Os dados preliminares mostram ainda que 70 % da precipitação do ano ocorreu nos últimos 4 meses.
Isso resultou da seca prolongada: 80 % do território encontrou-se em seca severa ou extrema durante os primeiros 9 meses do ano.
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