É em Loulé, num atelier criado em casa, que Marcos Alfares e Emilie Cavaco, 35 anos, criam peças de arte com formas, texturas e cores inspiradas no Algarve.
A SÖNMUN foi oficialmente lançada no passado dia 2 de Novembro, mas surge de uma ideia que começou a ser pensada no início do ano.
«Andava com esta vontade de ir ao encontro de algo mais criativo. Sempre tive contacto com a arte, através da música, mas queria agora colocar as mãos na massa e criar algo por mim. Isto surgiu de forma orgânica, quando, a passear pela internet, me deparei com esta técnica [tufting] que me atraiu devido às cores e texturas», começa por contar Marcos Alfares, natural de Portimão, ao Sul Informação.
Depois de cinco anos a viver em França, e a trabalhar como visual merchandisers no ramo têxtil, o casal decidiu regressar a Portugal em 2018.
«Vivemos um ano em Lisboa, mas o chamamento do Algarve foi maior. Consegui convencer o Marcos a deixar o Barlavento e viemos os dois viver para Loulé», explica Emilie, que, apesar de ter nascido em França, viveu em terras louletanas desde os 14 anos.
Na SÖNMUN, o trabalho de ilustração fica a cargo de Emelie; já Marcos é quem passa a criatividade para a tela, colocando em prática a técnica minuciosa de tufting, que «consiste em criar peças de decoração ou arte com lã».
Com o objetivo de «oferecer a cada interior um significado singular e único», o casal cria peças que vão desde os acessórios de mesa e espelhos às decorações de parede.
Lançada a primeira coleção, que pretende ser «um cartão de visita», a SÖNMUN trabalha por encomendas, que podem ser feitas não só por particulares, mas também negócios e empresas.
«O nosso interesse é também trabalhar com designers de decoração e poder até fazer trabalhos em formato de mural», frisa Emilie.
Apesar de estar no mercado há apenas um mês, o casal frisa que as suas peças têm despertado bastante a atenção do público, principalmente por se tratar de uma técnica desconhecida.
Realçando que o artesanato se tem perdido ao longo dos anos, o casal acredita que a sua geração está, a pouco e pouco, a voltar a este tipo de trabalhos.
«Estamos cada vez mais habituados ao que é industrial e low-cost e a nossa marca volta também um pouco a explicar o que é criar artesanato e o tempo que leva a ser feito. É mais fácil para muitos de nós irmos a uma loja de grandes dimensões e comprarmos algo a um valor baixíssimo, mas aqui [na SÖNMUN] está toda a entrega de quem produz e o valor também se traduz nisso», realça Marcos.
Apesar de não terem um espaço físico aberto ao público, Emelie e Marcos têm como objetivo expor as suas peças noutras lojas. Atualmente, têm já parceria com a Zé e Maria, em Olhão, e estão num espaço pop-up, até 24 de Dezembro, em Campo de Ourique, Lisboa.
As peças da SÖNMUN têm preços a partir de 65 euros e podem ser encomendadas através do site.
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