Os pescadores do Algarve tiveram mais rendimento em 2022, até ao dia 31 de Outubro, em relação ao mesmo período de 2021, apesar de terem vendido menos peixe, graças ao aumento de 34% do preço médio do pescado transacionado nas lotas da região.
«Este aumento foi também transversal aos diferentes segmentos da frota de pesca nacional, tendo maior expressão no cerco (+44%), mas também nas embarcações polivalentes (+14%) e no arrasto (+6%)», segundo a Docapesca.
O valor global do pescado transacionado nas lotas do Algarve atingiu os 54,6 milhões de euros, «representando um aumento de 2% face a 2021, ano em que se registou o máximo histórico de vendas».
«A quantidade transacionada registou uma diminuição de 24%, atingindo as 12,2 mil toneladas», acrescentou a empresa pública.
«Estes números positivos demonstram uma tendência na melhoria dos rendimentos dos pescadores aliada a uma permanente gestão sustentável dos recursos», conclui.
A nível nacional, verificou-se igualmente um aumento do preço médio de venda, ainda que menor do que no Algarve, de 14,9%, em relação a 2021.
Também aqui o crescimento «foi transversal aos diferentes segmentos da frota de pesca nacional, tendo maior expressão nas embarcações do arrasto (+18,5%), mas também nas embarcações polivalentes (+15,7%) e nas embarcações do cerco (+14,9%)».
«Entre as espécies mais abundantes, o carapau registou um acréscimo do preço médio de 4% face a 2021. Contudo, desde 2017, o preço médio desta espécie, objeto de campanhas de valorização e promoção desenvolvidas pela Docapesca, já aumentou 61%», segundo a empresa.
O valor global do pescado transacionado em lota atingiu os 211,6 milhões de euros, «representando um aumento de 1,2% face a 2021, ano em que se registou o máximo histórico de vendas. Já a quantidade transacionada registou uma diminuição de 11,9%, atingindo as 86,3 mil toneladas».
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