O volume de água armazenada na Barragem da Bravura, em Lagos, a 19 de Setembro, era apenas de 9,2%, um valor muito abaixo da média habitual nesta altura do ano, que costuma rondar os 56%.
Os dados constam no último mapa de disponibilidades hídricas em Portugal, divulgado pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) no site do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos, e revelam uma diminuição de 0,6 pontos percentuais, nesta albufeira, em relação ao final de Agosto.
Comparando os valores das bacias hidrográficas, é ainda possível constatar que a do Barlavento, que apenas integra a barragem da Bravura, é a que tem o volume armazenado mais baixo do país, seguindo-se a bacia do Lima (21,6%).
Quanto à bacia do Guadiana, que inclui as albufeiras algarvias de Odeleite e do Beliche, os dados são mais animadores, registando-se um volume armazenado de 61,9% (apenas 0,2 abaixo da média), muito graças à Barragem do Alqueva, que regista um volume de 65%. Odeleite tem 36% da sua capacidade total e Beliche tem 29%.
Já o volume da Bacia do Arade é de 38,5% (em finais de Agosto era 39,8). Nesta bacia, a albufeira do Funcho é a única acima dos 60% (61%). Arade está nos 28% e Odelouca nos 34%.
No Alentejo, a Bacia do Sado está com 34,1% da sua capacidade total (menos 1,2% que no mês anterior) e a do Mira 35,7% (menos 0,5). Nesta bacia, a barragem de Santa Clara está nos 36%.
Apesar das chuvas de Setembro, não há ainda diferenças assinaláveis nos níveis de armazenamento das albufeiras do Sul, que registam um volume inferior ao registado no final do mês passado.
A nível nacional, os dados de 19 de Setembro, quando comparados com o boletim semanal anterior (12 de Setembro), mostram que ,das 58 albufeiras monitorizadas, apenas cinco apresentam disponibilidades hídricas superiores a 80% do volume total e 29 têm disponibilidades inferiores a 40% do volume total.
Segundo o relatório, os armazenamentos na terceira semana de Setembro por bacia hidrográfica apresentam-se inferiores às médias de armazenamento de Setembro (1990/91 a 2020/21), exceto para as bacias do Ave, Douro, Mondego e Arade.
