Treze obras do artista Vhils, feitas com peças de centrais da EDP desativadas, vão ser afundadas ao largo da praia de Santa Eulália (Albufeira) para criar uma inédita exposição subaquática. O pedido de Título de Utilização Privativa do Espaço Marítimo Nacional (TUPEM), estará em consulta pública, no sítio na internet da Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM), entre 23 de Agosto e 12 de Setembro.
Designada de EDP Art Reef, a exposição subaquática foi pensada “com o intuito de gerar um novo recife artificial”, unindo “a componente artística à biológica”. No fundo, o conjunto de peças artísticas de Vhils vai criar um recife artificial. A EDP explica no seu site, a propósito deste projeto, que se trata de «descarbonizar para criar».
Segundo a DGRM, o local de exposição submerso irá contar com 13 obras de Vhils, constituído por «cinco esculturas realizadas sobre betão e argamassa inertes e oito esculturas em ferro resultantes do desmantelamento de centrais termoelétricas» da EDP.
No entanto, «todas as esculturas serão sujeitas a um processo prévio de decapagem e descontaminação para remoção de todos os vestígios de tintas e outros resíduos», de modo a não causarem impactos negativos no meio marinho.
Além da criação do local expositivo, cuja visita será livre, o projeto prevê ainda a «monitorização das estruturas do ponto de vista da sua colonização pelo ecossistema marinho e o seu povoamento com corais recuperados de capturas acidentais em redes de pesca de fundo ou arrancadas por tempestades».
O artista português Alexandre Farto (Vhils) vai criar uma exposição subaquática com peças de centrais da EDP desativadas. «O artista selecionará algumas destas estruturas e produzirá peças de arte a submergir, para que se submetam a ação da Natureza», explica a empresa elétrica no seu site.
«A missão do Vhils reforça a necessidade de uma rápida descarbonização do planeta e a reutilização de materiais para a criação de novos ecossistemas sustentáveis. No fim, teremos um novo recife artificial, que une a componente artística à biológica e que ajudará também a transformar mentalidades em prol de uma maior harmonia com o planeta».
O próprio artista explica o que vai fazer, dizendo que se trata de «uma exposição subaquática pensada também com o intuito de gerar um novo recife artificial, que una a componente artística à biológica».
Tudo isso «irá resultar numa obra que será transformada ao longo dos tempos, pela influência dos elementos e que ajude também a trnasformar mentalidades a favor de uma maior harmonia entre nós e o Planeta».
No fundo, conclui Vhils, será «uma forma de mudar, já hoje, o amanhã».
O procedimento de consulta pública foi aberto pela DGRM a pedido da Câmara Municipal de Albufeira, para a atribuição de um TUPEM, referente à criação de um local expositivo submerso ao largo da Praia de Santa Eulália. O TUPEM será atribuído sob a forma de Autorização, válido por um período máximo de 10 anos.
Veja aqui o vídeo em que Vhils explica o que vai fazer:
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