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O Cabido da Sé de Faro assumiu a intenção de começar esta semana as obras de restauro de vários elementos da catedral, das paredes aos tetos, janelas, altares e imagens, projetando um panteão no claustro.

«Constatamos que quer o forro do teto do corpo da Sé – incluindo o madeiramento e a sua pintura –, quer as paredes, estão num estado degradado. Portanto, era necessário fazer-se uma intervenção, inclusivamente tentando ver se haverá uma cor anterior que o torne mais claro e mais leve», disse o deão do Cabido (o cónego mais antigo da catedral), ao jornal diocesano ‘Folha do Domingo’.

O cónego Mário de Sousa adiantou que na intervenção vão ver também a «possibilidade de enriquecer» as molduras que ornamentam esse forro, «de acordo com aquilo que estiver por debaixo da tinta atual».

vila do bispo

As pinturas dos caixotões da abóbada de berço da capela-mor da Sé do Algarve também «estão muito degradadas e muito desfeitas» e as janelas-claraboias «já têm o madeiramento todo danificado».

Esta obra vai ser realizada «em diálogo» com a Direção Regional de Cultura do Algarve [DRCAlg], «que está a acompanhar» o projeto, e, depois desta primeira fase da intervenção na igreja de Nossa Senhora da Assunção, vão restaurar o retábulo do altar-mor, incluindo das suas três imagens – a padroeira, São Pedro e São Paulo – «que estão muito enegrecidas pelo tempo e pelo fumo».

 

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Fotos: Samuel Mendonça | Folha do Domingo

 

Segundo o cónego Mário de Sousa, vão também restaurar a tela que representa a coroação de Nossa Senhora, «que encima o retábulo», as telas do cadeiral do apostolado, e o próprio cadeiral.

«Será também feita a impermeabilização do telhado, porque se nota a passagem de humidades, sobretudo na capela-mor, que depois vão degradar as pinturas a ouro», acrescentou.

O deão explicou que as obras, com um orçamento de quase meio milhão de euros, vão ser «custeadas inteiramente pelo Cabido», têm um prazo previsto de seis meses e inclui a recuperação das fachadas principal e lateral do Paço Episcopal.

A intervenção na Sé vai realizar-se de forma faseada, numa nave de cada vez, deixando as outras duas livres para as iniciativas pastorais, as celebrações, e receber visitas.

No contexto da «valorização da catedral», a sala capitular, ao lado da capela do Santíssimo Sacramento, também tem vindo a ser intervencionada e, no futuro, «será mais um espaço visitável».

Outro projeto do Cabido da Sé de Faro é a construção de um panteão para os bispos do Algarve, no claustro da catedral – na capela dos ossos ou na capela do arcanjo São Miguel.

 

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Fotos: Samuel Mendonça | Folha do Domingo

 

«Neste momento, há uma cripta onde está o corpo do D. Marcelino [Franco, bispo do Algarve entre 1920 e 1955] e também as urnas com os restos mortais de alguns outros bispos, mas que não tem condições para poder conservar com dignidade os corpos porque é muito húmida, nem é visitável», contextualizou o deão da Sé.

No exterior da catedral já foi construída uma rampa para pessoas com mobilidade reduzida, faltando abrir no gradeamento o acesso ao claustro, um projeto e a obra da Câmara Municipal de Faro.

O jornal ‘Folha do Domingo’ recorda que a última grande intervenção na Sé de Faro, classificada como Imóvel de Interesse Público, foi realizada entre Outubro de 1999 e 2 de Fevereiro de 2003, o dia da reabertura depois de quase três anos e meio encerrada ao culto e a visitas.

 

Fotos: Samuel Mendonça | Folha do Domingo

 

 

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