Ovibeja e pecuária andam de mãos dadas desde a origem desta feira que, desde há 38 anos, apresenta “Todo o Alentejo deste Mundo”. Apesar de manter a tradição, em muitos aspetos, o certame é também distinguido pela sua marca de inovação, nas mais diversas áreas.
Nesta edição, que cumpre, esta sexta-feira, o seu segundo dia, as vacas de raça limousine, pelo seu grande porte, são uma atração, assim como os porcos mais pequeninos.
Contudo, a cabeça e as patas pretas de três ovelhas tingidas de cor amarela a passearem pelo recinto da feira despertaram a atenção do Sul Informação, assim como dos visitantes que estavam ao redor.
Tratava-se de ovinos de raça Suffolk. Com presença na Bélgica e em França, esta raça de ovelhas oriunda do Reino Unido chegou ao território português há já algumas décadas.
Tiago Graça, um jovem de 35 anos, natural de Beja, é criador de ovinos da raça Suffolk e explica que se trata da raça de ovelhas mais precoce do mundo.
“Quem leva estas ovelhas, em linha pura, como eu levo, é para venda de reprodutores e para melhoramento do rebanho, não para borregos normais ou para cruzamento industrial, ou seja, para consumo”.
As Suffolk “são ovelhas mais mansas, mais cárnicas e mais dóceis”, relativamente, às que habitualmente se vê nos campos alentejanos.
“Em relação às outras, uma ovelha destas pode ter um ganho médio diário, em borregos, de 500, 600 gramas, enquanto uma ovelha normal, ronda os 250 gramas”, esclarece o criador.
“Sempre foi a raça de que mais gostei, por ser diferente, por ser dócil. O meu filho com dois anos dá comida às ovelhas sozinho”, diz, com satisfação, o jovem criador.
“Estamos aqui (na Ovibeja) presentes com cerca de 70 animais”, indica Tiago Graça, explicando que são 20 os criadores que integram a Associação Nacional da raça, com criadores dos mais diversos pontos do país, desde Ponte de Lima a Albufeira.
Oiça aqui as declarações de Tiago Graça ao Sul Informação:
