Teatro de marionetas conta história de como a laranja chegou a Silves

Durante a Mostra Silves Capital da Laranja

A peça de teatro de marionetas “A laranja doce do Jesuíta” vai contar como é que este citrino chegou a Silves, na Mostra Silves Capital da Laranja, que vai decorrer de sexta-feira até domingo, na Fissul.

A iniciativa terá lugar no espaço Laranjinha Kids da feira e conta com sessões dirigidas à comunidade escolar, agendadas para o dia 18, às 11h00 e 14h00, mas também apresentações a pensar nas famílias com crianças com idade superior a 3 anos, nos dias 19 (11h00, 15h00 e 16h00) e 20 (11h00).

A peça conta a história «de como um jesuíta entrou nos portões da Cidade Proibida para trazer consigo uma muda da laranja mais doce e de como foi a sua aventura até chegar a Silves».

A entrada em cada sessão está condicionada à apresentação de voucher (entregue no local uma hora antes do inicio do espetáculo) e de certificação de vacinação ou teste negativo (para maiores de 12 anos).

 

Sinopse

Conta-se que depois da chegada da laranja da china, no Algarve, mais precisamente em Silves, a vida das suas gentes nunca mais foi a mesma. Conta-se que até os povos da Almóada já se desentendiam devido a este belo, doce e sumarento fruto. Silves ficou no mapa pelo seu passado ligado à cultura e costumes mouriscos, mas nada é equivalente à sua fama de ser a eterna capital da laranja.

Mas como é que a laranja doce chegou a Portugal? Em Portugal só existiam laranjas amargas, mas uma vez um jesuíta visitou a Cidade Proibida na China e aí provou as laranjas mais doces que um algum dia tinha comido. Surpreso com a doçura, com muita astúcia, um dia roubou uma muda dentro do seu cajado oco. Conseguiu sair dali voltou a Lisboa aonde plantou essa muda. Daí em diante iniciou-se a disseminação do fruto, tendo este chegado ao Algarve e ter-se vingado como símbolo e comércio primordial de Silves.

Diz-se por aí, entre as gentes que esse tal de jesuíta teve a astúcia maior para passar os portões da Cidade Proibida sem que ninguém soubesse de nada, com a ajuda do seu cajado oco e de seu burrico que o transportava para todo o lado. A Cidade Proibida era um lugar somente habitado pelo imperador, sua família e serventes. Quem lá entrasse sem permissão era dolorosamente punido. O risco de ali ter entrado o jesuíta, ter conhecido as gentes do palácio e ter sido agraciado com as laranjas doces e estas terem um dia chegado a Silves, são o mote para uma história animada de teatro de fantoches.

 

 



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