«Isto é uma espécie de doença que se pega»: exposição de fotografia de avifauna no CCV de Lagos

45 imagens para ver na exposição «Na Mira do Voo – retratos da avifauna portuguesa»

António Granado na visita guiada à exposição – Foto: Elisabete Rodrigues | Sul Informação

«Só o Luís é que me convencia a fazer esta exposição», comentou António Granado, jornalista, professor universitário e, «apenas desde há quatro anos», também fotógrafo de aves, na abertura da mostra «Na Mira do Voo – retratos da avifauna portuguesa», no Centro Ciência Viva de Lagos, assinalando os 13 anos de existência deste CCV. 

O Luís a que António Granado se referia é Luís Azevedo Rodrigues, diretor do CCV de Lagos, que já tinha explicado que a exposição partiu de um convite pessoal feito ao novel fotógrafo de natureza, que integra a Comissão Científica daquele organismo. «O António, de uma forma generosa, aceitou o meu desafio». E assim está patente a mostra com 45 fotografias de aves, escolhidas entre milhares de imagens.

Granado, que foi jornalista de Ciência no Público e hoje é um dos responsáveis pelo site Artigo37, recordou, na abertura da exposição, como começou a fotografar a avifauna: «nos anos 80, estive ligado a Organizações Não Governamentais de Ambiente e participei, por exemplo, em contagens das águias-reais. Mas só desde há quatro anos comecei a fotografar aves. Faço isto por hobby».

A maioria das fotografias, explicou o autor durante uma visita guiada à exposição, foram feitas no estuário do Tejo, muitas delas a horas bem matutinas ou noturnas. E recordou, por exemplo, que foi seis vezes a Pancas, à noite, até conseguir fotografar o noitibó retratado numa das imagens.

«Isto é uma espécie de doença que se pega. Espero vir a contaminar mais algumas pessoas para esta prática. Esta doença implica levantar-me muito cedo e passar horas à espera, imóvel. Mas ainda não estou no nível de loucura que me faz correr o país todo, para fotografar uma ave em especial ou uma raridade».

Na abertura da exposição, que contou com a presença de José Apolinário, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve, e da vereadora Sandra Oliveira, o diretor do Centro Ciência Viva de Lagos sublinhou a importância do trabalho desta estrutura: «até há dois anos, antes de começar esta pandemia, nunca tinhamos pensado que precisássemos tanto de Ciência».

Por seu lado, a vereadora Sandra Oliveira sublinhou os «treze anos de fantástico trabalho» do CCV, do qual a Câmara de Lagos é associada.

Quanto à exposição, a autarca salientou que «o birdwatching é uma área em plena expansão, no Algarve em geral, mas também em Lagos», havendo ainda «muito potencial para desenvolver».

 

Horário do CCV de Lagos:
Terça a Domingo: 10h00 – 18h00
Segunda-feira: Fechado
Ao domingo, a entrada é gratuita para todos os residentes do concelho de Lagos

 

Fotos: Elisabete Rodrigues | Sul Informação

 

 



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