Faro terá Centro Oficial de Recolha de Animais a «funcionar lá para o Verão»

Espaço irá minimizar o problema dos animais abandonados no concelho

Foto: Rúben Bento | Sul Informação

O Centro de Recolha Oficial de Animais está a nascer no Medronhal, na zona de Guilhim, Estoi, e vai dar abrigo a cães e gatos abandonados no concelho de Faro. A Câmara Municipal espera que este equipamento esteja concluído «daqui a quatro a cinco meses» e a «funcionar lá para o Verão».

A garantia foi dada por Rogério Bacalhau, presidente da Câmara Municipal de Faro, aos jornalistas, numa visita às obras do Centro de Recolha Oficial de Animais, que decorreu no âmbito do ciclo “Faro Positivo”.

«Equipamento pedido pelos farenses há muitos anos», este Centro de Recolha Oficial irá «minimizar o problema dos animais abandonados no concelho», criando «melhores condições para os acolher e tratar», disse o edil. Este equipamento representa um investimento de cerca de 1,2 milhões de euros.

 

Foto: Rúben Bento | Sul Informação

 

Chamado a explicar o seu projeto, o arquiteto municipal António Palma adiantou que o espaço, além da receção, contará «com gabinetes veterinários, uma zona de enfermagem e de tratamento dos animais», bem como com «vários espaços de lavagem e cuidado dos cães e gatos».

O futuro Centro de Recolha Oficial de Animais vai permitir «albergar entre 163 a 173 animais abandonados» do concelho de Faro, nomeadamente cães e gatos, que «serão agrupados em boxes adequadas às diferentes espécies e características».

Haverá 16 celas coletivas para gatos e uma área de canil com 42 boxes coletivas, bem como «uma zona de quarentena para animais que estejam doentes, ou com outros problemas», estando estes espaços «isolados dos demais».

Na parte exterior, atrás do edifício, existirá um espaço, com pavimento impermeável, para que «os animais acolhidos no Centro possam passear e estar livremente à solta», sublinhou o arquiteto municipal.

António Palma disse ainda que o Centro está a ser construído num loteamento previsto no PDM – Plano Diretor Municipal de Faro. Da obra, faz ainda parte «o caminho que está a ser construído e que fará a ligação à estrada principal».

O lote tem ainda área extra, de dimensões semelhantes , «para que, no futuro, caso haja a necessidade de aumentar o espaço, sejam construídas mais celas», replicando o projeto já existente.

 

Foto: Rúben Bento | Sul Informação

 

O Centro está numa «fase de execução bastante adiantada, muito embora esta parte final seja a mais difícil», porque passa pela colocação de azulejos, alumínios e instalações elétricas.

No entanto, como recordou o autarca Rogério Bacalhau, «a obra era para ter sido feita noutro local». «Devido a problemas com o outro terreno municipal, para o qual tínhamos já o projeto feito, acabámos por ter de o abandonar e avançar aqui no Guilhim».

O processo de construção do Centro foi condicionado, inicialmente, pela limpeza e preparação do terreno, «pois estava irregular e cheio de lixo e entulho de obras», estando agora a registar-se alguns atrasos, por causa da «dificuldade na entrega dos materiais devido à pandemia», salientou o edil farense.

Para que o Centro de Recolha possa funcionar, a Câmara de Faro irá abrir, «entre este e o próximo mês», concurso para contratar recursos humanos. Está prevista a colocação «de um veterinário e vários assistentes administrativos e operacionais para trabalharem no apoio aos animais».

«Este projeto vem na linha de um princípio orientador de respeito e preservação do bem-estar e dignidade animal seguido pelo município de Faro», salientou o presidente da autarquia.

 

 

Fotos: Rúben Bento | Sul Informação

 



Comentários

pub