A comemorar 100 anos da sua descoberta, “A Insulina Sai à Rua” no Algarve

Iniciativa terá cerca de 40 atividades que decorrerão pelos vários municípios e associações da região durante os próximos dois meses

Foto: Rúben Bento | Sul Informação (Arquivo)

A comemorar 100 anos desde a sua descoberta com diversas iniciativas por todo o mundo, também na região algarvia «A Insulina Sai à Rua», pela mão do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA). Nos próximos dois meses, 40 atividades passarão por vários municípios e associações. 

O lançamento desta iniciativa teve lugar na manhã desta sexta-feira, 12 de Novembro, no auditório da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve, em Faro.

A ideia surgiu de Ana Maria Lopes, diretora do serviço de Medicina 1 do CHUA, em Novembro de 2020.

O objetivo é claro: celebrar os 100 anos da descoberta da insulina, «uma hormona que permite regular os níveis de açúcar no sangue e que já possibilitou a vida a muitas pessoas», explicou a médica.

Após a sugestão, o CHUA, «que se preocupa com as pessoas que segue e pretende estar mais próximo da população», decidiu «levar este projeto sobre a insulina adiante», enquadrou Ana Maria Lopes.

Este projeto, vocacionado para a comunidade algarvia e para o público em geral, não apenas para diabéticos, engloba ações de rua, intervenções técnicas na comunidade, webinares temáticos, vídeos, testemunhos e suportes audiovisuais, iniciativas de carácter artístico, científico e lúdico ou a participação ativa nos meios de comunicação social, redes sociais digitais e outras plataformas e espaços publicitários.

 

Ana Maria Lopes, diretora do serviço de Medicina 1 do CHUA – Foto: Rúben Bento | Sul Informação

 

Parceira importante nesta iniciativa, a Universidade do Algarve (UAlg) junta-se às comemorações, não querendo «apenas ligar à doença nem ao tratamento», mas dando a conhecer o que é a insulina «através do envolvimento de alunos, professores e investigadores nas iniciativas», salientou Ana de Freitas, vice-reitora da UAlg.

Estão já planeadas «24 atividades que decorrerão até Janeiro de 2022», entre elas «a realização de murais, na universidade e nos municípios, reportagens e documentários sobre a insulina ou a criação de cartazes interativos alusivos a esta temática».

Das iniciativas previstas, a vice-reitora destacou também a “Cápsula do Tempo da Insulina”, que «contará com descrições dos últimos 100 anos, bem como testemunhos de profissionais de saúde e de doentes», e que será depositada na Biblioteca da Universidade do Algarve, sendo «apenas aberta daqui a 10 anos».

Outro dos destaques vai para um caderno especial da Revista Mundo Contemporâneo, feito pelos alunos de Ciências da Comunicação, que contará «com diversos artigos sobre a insulina, quando vista por diversas áreas».

Para José Apolinário, presidente da CCDR do Algarve, «a região precisa de projetos em rede como este», relacionado com a insulina.

Este responsável adiantou, durante a sua intervenção, que, «no Quadro Financeiro Plurianual 2014-2020, foram, até agora, mobilizados para a área da Saúde cerca de 5% do total dos fundos para a região», mas que no próximo quadro, 2021-2027, «é necessário mobilizar a população para aquilo que vamos ter de fundos europeus que rondará os 1.200 milhões de euros, para todas as áreas, nos próximos 10 anos».

«Será uma enorme responsabilidade mobilizar esses meios para coisas concretas que possam ser estruturantes para a região, pelo que o ponto não é o dinheiro, mas sim o que fazemos com ele», conclui o presidente da CCDR Algarve.

 

Foto: Rúben Bento | Sul Informação

 

Já Paulo Neves, vogal executivo do Conselho de Administração do CHUA, agradeceu aos CTT – Correios de Portugal por se associarem ao projeto com várias propostas gráficas de postais sobre o centenário da descoberta da insulina.

Durante a sessão de lançamento do projeto, Paulo Neves também realçou o facto de, naquele dia, estar a ser instalado, no Hospital de Faro, um angiógrafo biplanar de 2ª geração, que permitirá tratar, no Algarve, doentes que tenham tido um Acidente Vascular Cerebral (AVC), sem ser necessário o transporte para Lisboa.

Quanto à iniciativa “A Insulina Sai à Rua”, está dado o pontapé de saída, com todas as atividades, informações e programação disponíveis no site, havendo também espaço para textos científicos e outros recursos.

Fotos: Rúben Bento | Sul Informação.

 

 



 

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