Albufeira: José Carlos Rolo «em reflexão» antes de entrar em negociações com independentes

Forma como decorreu a campanha não agradou a Rolo e isso pode pesar na decisão sobre o “aliado”

Hélder Santos|Foto de Arquivo

José Carlos Rolo, que venceu as eleições, mas perdeu a maioria na Câmara Municipal de Albufeira, admitiu, esta segunda-feira, entrar em negociações com os movimentos independentes, que garantiram um vereador cada, para facilitar a governação do concelho.

Em declarações ao Sul Informação, José Carlos Rolo considerou que «não se pode colocar os números eleitorais à frente dos interesses do território» e, por isso, «põe-se essa hipótese de entrarmos em negociações, para chegar a um entendimento de uma forma ou de outra. Sempre fui de diálogos, não sou de roturas».

A coligação liderada pelo PSD elegeu, além do presidente, dois vereadores (3 mandatos), o PS, cuja lista era encabeçada por Ricardo Clemente, elegeu dois vereadores.

O MIPA, liderado por Desidério Silva, garantiu um vereador, e o Albufeira Prometida, de Abel Zua, assegurou o último dos sete mandatos.

É num destes dois movimentos que pode estar a “chave” para uma governação pacífica do município albufeirense nos próximos quatro anos.

Apesar de José Carlos Rolo já ter trabalhado com Desidério Silva, de quem chegou a ser vice-presidente na Câmara, o autarca diz que uma possível coligação «não terá de ser necessariamente com Desidério Silva. Não vou ordenar possíveis parceiros, não quero fazer isso. Vou ver, vou medir o pulso, ver o estado da arte, para decidir o caminho a tomar», disse.

José Carlos Rolo diz que há uma «reflexão que tem que ser feita e tenho já alguns aspetos que poderão ser importantes para a decisão. Ainda assim, tudo depende também da abertura dos movimentos».

Um dos aspetos que Rolo vai considerar é a forma como decorreu a campanha, que não foi do seu agrado.

«Irei fazer uma reflexão sobre o que se disse. Foram ditas algumas mentiras, principalmente nas redes sociais, e eu não tolero mentiras, inverdades ou distorções da realidade. Quando tive o problema de saúde que, felizmente, já passou, já me davam como morto, como incapacitado e isso é muito mau. Tenho que ter isso tudo em linha de conta para tomar uma decisão», concluiu.

 

 



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