“Para acabar em beleza (ou talvez não)” nada melhor do que subir ao Monte da Lameira, em Monchique, para assistir a um espetáculo especial das “Noites do Medronho”. Este espetáculo do Lavrar o Mar já estreou e outro – “As Mulheres da Serra” se seguirá para (re)descobrir as histórias desta saga.
Giacomo Scalisi é o grande mentor desta iniciativa que estreou já no ano de 2017 e que foi sempre tendo novos espetáculos. Agora, volvidos quatro anos, chegou um momento especial.
«No fundo, este será um último ato. A ideia é apresentar todos os textos, de todos os anos, seguidos. É uma história do início ao fim. As pessoas que, por alguma razão, não viram algum episódio – ou outros que não viram nada – poderão ter uma última possibilidade», explicou ao Sul Informação.
Assim, desde ontem, que já é possível conhecer toda a história que envolve quatro personagens e duas famílias inimigas: os Monteiro e os Capote, no espetáculo “Para acabar em beleza (ou talvez não)”.

Neste «último ato», haverá, além da reposição dos espetáculos anteriores, um «texto inédito que ainda não vimos», escrito por Sandro William Junqueira.
«Vamos descobrir que estas famílias Monteiro e Capote estão muito interessadas numa herdade que o pai Monteiro tem que deixar aos filhos. Como sempre é uma questão de poder e dinheiro», disse Giacomo Scalisi.
O espetáculo, que tem sessões sempre às 19h30 e decorrerá, desta vez, ao ar livre, estreou esta sexta-feira, dia 2, e tem mais quatro exibições: este sábado e nos dias 9 e 10.
No dia 9, haverá um momento especial: o escritor Sandro William Junqueira apresentará o seu novo livro “A Sagrada Família”.
O outro escritor que faz parte desta saga do Medronho é Afonso Cruz. O espetáculo “Mulheres da Serra”, com textos deste autor, acontecerá a partir de dia 16, em Marmelete, e também será o último desta série que faz parte da saga “Medronho”.
«A nossa lógica é a mesma: vamos apresentar todos os espetáculos, reencontrando a Leonor Cabral, a Inês Rosado, a Sofia Moura e a Marta Gorgulho: as quatro mulheres da serra».

Neste caso, será apresentada a história de Carlos, o urso, «de algumas mulheres da serra que falam dos homens, do amigo do urso… Vamos descobrindo sempre mais destas personagens», perspetiva Giacomo Scalisi.
O espetáculo acontecerá nos dias 16, 17, 23 e 24 de Julho, a partir das 19h30, na Casa do Medronho, em Marmelete. Em ambos os espetáculos – tanto neste, como no de Sandro William Junqueira -, haverá a participação de um grupo de músicos.
Em Monchique, será “La Miseria Deluxe” e, em Marmelete, um conjunto que está a ser formado pelo músico Remi Gallet.
Mas será que este é mesmo o fim da saga “Medronho”?
«Eu acho que, se calhar, neste formato vai ser mesmo o último ato. Esta questão do medronho não acaba aqui porque é um assunto incontornável… Faz parte deste território. A nossa ligação com os territórios é muito importante e fundamental. Eu acho que encontrarei outra maneira de falar desta bebida, deste processo», concluiu Giacomo Scalisi.
Por enquanto, se quiser comprar bilhetes para assistir a estas maratonas, pode fazê-lo aqui.
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