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A luta pela sobrevivência das PME: as ameaças de idade e porte

Acadêmicos e empreendedores têm um óbvio interesse em entender os fatores que contribuem para o insucesso de empresas de pequeno porte (PME), principalmente em seus primeiros anos de vida.

Investigações sobre a previsibilidade do insucesso de novas empresas têm sido prioridade em estudos sobre empreendedorismo e desempenho e um dos motivos mais comuns apontados na literatura é a inexperiência e a falta de preparo formal ou informal por parte de fundadores e gestores.

Estudos frequentemente sugerem que a alta taxa de mortalidade se deve às ameaças que as empresas sofrem no início de seu ciclo de vida, devido às fragilidades decorrentes de sua pouca idade e que podem se agravar com a ocorrência de outras potenciais ameaças originadas externamente, ligadas à condição de seu pequeno porte.

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Essas ameaças decorrem da falta de uma trajetória estabilizada que dificulta, por parte de seus gestores, a relação de potenciais stakeholders e, aqui, refiro-me a clientes, fornecedores, agentes financeiros e potenciais colaboradores e competidores.

O conceito de liability of newness para explicar porque organizações novas sofrem maior risco de mortalidade foi introduzido por Arthur Stinchcombe (1965). Seu argumento é que a maior taxa de insucesso decorre dos custos de aprender novas tarefas, da necessidade de desempenhar novos papéis e solucionar os conflitos que tais papéis apresentam, da falta de estruturas formais na empresa e da falta de vínculos estáveis com clientes e fornecedores.

Outra ameaça é a liability of smallness (Aldrich, & Auster, 1986). Trata das ameaças enfrentadas pela empresa devido ao seu porte. Essas ameaças, ligadas à idade e ao porte, identificam fatores que inibem o sucesso de uma nova empresa, enquanto o primeiro tem seu foco em fatores internos, o segundo procura as explicações no ambiente externo à empresa.

Pesquisas indicam que existem três causas centrais subjacentes às ameaças para as PMEs. Dividem-se em formais e informais, quanto a sua natureza, e em internas e externas à empresa, quanto a sua influência no desempenho.

Nomeadamente, falamos em uma estrutura muito centralizada, em problemas ligados à falta de formalização dos mais variados processos na rotina da empresa e na falta de legitimidade, isto é, no estabelecimento de conexões com outras empresas, fornecedores e clientes, aumentando as oportunidades para acesso a novas fontes de conhecimento e introdução de inovações.

A figura abaixo mostra um resumo destas causas-raiz:

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Em um próximo artigo, neste espaço, pretendo discutir as características das causas ligadas às ameaças ao desempenho das PMEs, bem como analisar as principais defesas, com a finalidade de neutralizar tais riscos.

 

Autor: Luiz Guerrazzi, diretor da Licenciatura em Gestão de Empresas do ISMAT

 

 
 
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