Rogério Bacalhau lamenta suspensão «sem aviso prévio» das aulas presenciais

Presidente da Câmara de Faro pede aumento do ritmo de vacinação

Pablo Sabater|Foto de Arquivo

Rogério Bacalhau, presidente da Câmara de Faro, lamentou hoje a forma como a Autoridade de Saúde anunciou este domingo, «de forma inesperada», ao final da tarde de um domingo e à hora de jogo da Seleção Nacional de Futebol, a suspensão das aulas para os alunos do 1.º e 2.º ciclo nos concelhos de Faro, Albufeira, Loulé, Olhão e São Brás de Alportel.

Segundo o autarca, não houve qualquer aviso prévio ou cuidado de articulação com as autarquias e os agrupamentos de escolas.
Rogério Bacalhau defende que, a bem da eficácia das medidas públicas, e para defesa do respeito que todos os cidadãos merecem, «deve haver mais articulação entre as várias entidades envolvidas, até tendo em conta que a autarquia tem sido, desde sempre, um parceiro da Autoridade de Saúde no combate à pandemia».

O presidente da Câmara de Faro considera que esta medida anunciada pela Autoridade de Saúde Regional do Algarve, «com efeitos praticamente imediatos, traduz-se num transtorno enorme para o quotidiano das famílias, que, de um momento para outro, vêm as suas vidas totalmente desestruturadas».

O Município, em nota enviada às redações, realça que «tomou de imediato providências no sentido de apoiar as famílias, designadamente fornecendo refeições em regime de “take away” e procurando igualmente auxiliar os agrupamentos de escolas do concelho para que o ensino à distância possa decorrer sem maiores sobressaltos».

«Num momento em que a situação das famílias se agrava de forma inesperada, o presidente da autarquia deixa assim uma nota de solidariedade, mas também a recomendação do cumprimento das orientações das Autoridades de Saúde no sentido da melhoria da situação epidemiológica no concelho e na região», acrescenta a autarquia.

Por outro lado, Rogério Bacalhau considera fundamental «que sejam intensificadas as fiscalizações de ajuntamentos e eventos não autorizados, que têm contribuído fortemente para o aumento de surtos epidémicos no concelho e na região, bem como o processo de vacinação na região».

«Apesar do esforço e empenho dos profissionais de saúde que estão no terreno e têm sido inexcedíveis, estamos muito aquém da capacidade de vacinação que pode ir até cerca de um milhar de vacinas por dia», declarou Rogério Bacalhau.

O autarca pede ainda que «o Governo tome medidas para a região que não sejam apenas restritivas», para ajudar a economia, «que já está seriamente debilitada e pode vir a sofrer novamente as consequências do agravamento da situação pandémica».



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