Socialistas algarvios questionam Governo sobre net fixa de alta velocidade na região

Ideia é ajudar a atrair os chamados «nómadas digitais»

Os deputados socialistas eleitos pelo Algarve questionaram esta sexta-feira, 9 de Abril, o Governo sobre os planos para uma cobertura de internet fixa de alta velocidade na região, de forma a atrair empresas que pretendam sair dos grandes centros urbanos e a oferecer melhores condições de trabalho aos «nómadas digitais».

Numa pergunta dirigida ao ministro das Infraestruturas e Habitação, Luís Graça, Jamila Madeira, Joaquina Matos, Ana Passos e Francisco Oliveira referem que as «as dificuldades impostas por razões de saúde pública pelos vários confinamentos aguçaram o engenho das empresas que lançaram mãos do digital para manter o contacto com os clientes e as vendas mesmo com a porta física dos seus estabelecimentos fechados».

«Acelerou-se o processo de disseminação do trabalho remoto», em que «os nómadas digitais são os novos trabalhadores – turistas», afirmam os parlamentares, que apontam que, «no Algarve, em particular nos concelhos da Costa Vicentina de Aljezur e Vila do Bispo e nas zonas do interior da região e fora dos grandes centros urbanos, são cada vez mais frequentes estes trabalhadores remotos onde passam largas temporadas com impacto muito positivo para a economia local».

Para os deputados do PS, «disponibilizar uma boa cobertura de fibra ótica pelo país periférico é absolutamente critico para que este movimento económico de fixação de empresas em territórios de baixa densidade e de captação de trabalhadores remotos possam também ocorrer em Portugal».

«Este desafio é particularmente relevante para o Algarve», defendem os socialistas algarvios, lembrando que, juntamente com o Alentejo, é das «regiões do país com a mais baixa taxa nacional de cobertura de internet fixa de alta velocidade», de acordo com os dados da ANACOM.

«No Algarve, apenas 62,1% dos alojamentos podem instalar serviços suportados por fibra ótica, enquanto a média nacional é de 83%», apontam os parlamentares, considerando que são «valores muito abaixo da média nacional e que configuram uma efetiva desvantagem», tanto «no âmbito da coesão territorial», como «no estímulo à digitalização da economia».

Nesse sentido, os eleitos socialistas pretendem saber «que planos tem o Governo para que o Algarve ultrapasse o défice de cobertura de internet de alta velocidade e se apresente como um território de excelência para atrair empresas que pretendam sair das grandes metrópoles e oferecer cada vez melhores condições para receber nómadas digitais».

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