Covid-19: Portugal com ligeira subida de casos mais expressiva nas crianças até aos 9 anos

Revelou o investigador André Peralta Santos, na reunião do Infarmed

Portugal registou um “ligeiro crescimento” no número de novos casos, mais expressivo na faixa dos 0 aos 9 anos e com uma tendência de decréscimo nas pessoas com mais de 80 anos, segundo o investigador André Peralta Santos.

«O Algarve é a região de Portugal continental que apresenta uma incidência mais elevada. No entanto, mantém-se a tendência de decréscimo nas hospitalizações, na mortalidade e observou-se principalmente um aumento do número de testes e a diminuição da taxa de positividade», afirmou o investigador da Direção-Geral da Saúde, na reunião do Infarmed, em Lisboa, que junta hoje especialistas e políticos.

Na sua intervenção na sessão de apresentação sobre a “Situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal”, André Peralta Santos afirmou, com base num gráfico que mostra a incidência cumulativa a 14 dias, que Portugal está neste momento com «uma incidência moderada próxima dos 71 casos por 100 mil habitantes e com uma tendência ligeiramente crescente».

Analisando a dispersão geográfica da incidência, adiantou que há 22 concelhos com incidência superior a 120 casos por 100 mil habitantes que correspondem a 636 mil pessoas, 6,5% da população nacional.

Segundo André Peralta Santos, o Alentejo e Algarve são os distritos que apresentam uma situação com maiores concelhos com incidência superior a 120 casos por 100 mil habitantes.

Na semana de 21 a 27 de Março, o Algarve e Baixo Alentejo foram os que registaram maiores crescimentos, depois na semana seguinte «algum crescimento também na zona do Algarve do Barlavento para o Sotavento e depois na última semana com algum crescimento também na zona norte da zona do Grande Porto e de Trás os Montes».

Relativamente às idades, existe atualmente «uma redução muito assinalável em todos os em todos os grupos etários», mas nas últimas semanas observou-se a inversão da tendência e o aumento na faixa etária dos 0 aos 9 anos.

O investigador realçou ainda a tendência decrescente na faixa etária dos 80 anos e mais, «a mais vulnerável à hospitalização e à morte».

Segundo André Peralta Santos, houve uma melhoria do desempenho da rapidez da notificação laboratorial que está por volta dos 6%.

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