Uma única dose das vacinas Pfizer ou AstraZeneca reduziu em mais de 80% as probabilidades de pessoas com mais de 80 anos serem hospitalizadas com Covid-19, concluiu um estudo das autoridades de saúde britânicas divulgado esta segunda-feira, 1 de Março.
O chamado estudo do «mundo real», que tem por base dados recolhidos junto de pessoas que já foram imunizadas no Reino Unido, onde o programa de vacinação contra a covid-19 começou em Dezembro, foi produzido pela Public Health England, organização de saúde pública em Inglaterra.
Segundo o estudo, que ainda não foi revisto por cientistas independentes, desde Janeiro que a proteção contra covid sintomática, quatro semanas após a primeira dose, variou entre 57 e 61% para uma dose da vacina Pfizer e entre 60 e 73% para a vacina AstraZeneca.
Entre os maiores de 80 anos, os dados sugerem que uma única dose de qualquer das vacinas é mais de 80% eficaz na prevenção da hospitalização, cerca de três a quatro semanas após a vacina, e que a vacina Pfizer consegue reduzir o número de mortes em 83%.
Para os maiores de 70 anos de idade, também existem sinais de que qualquer uma das duas vacinas está a reduzir infeções sintomáticas cerca de três semanas após a primeira dose, reforçando outros estudos de que as vacinas estão a funcionar e são altamente eficazes na proteção contra doença grave, hospitalização e morte.
Na semana passada, a Public Health England já tinha publicado um estudo apenas sobre a vacina Pfizer, que conseguiu reduzir as hospitalização e mortes em mais de 75% após a primeira dose, indicando que as vacinas já estão a ter impacto.
«A queda na taxa de hospitalizações está a ser mais rápida [nos grupos de pessoas mais velhas e vulneráveis] do que nos jovens, que ainda não receberam vacinas. Isto é um sinal de que a vacina está a resultar. É muito encorajador», afirmou esta segunda-feira, 1 de Março, o ministro da Saúde Matt Hancock, numa conferência de imprensa.
Até agora, 20.275.451 pessoas receberam a primeira dose de uma vacina contra o novo coronavírus no Reino Unido, das quais 815.816 receberam uma segunda dose, a qual é administrada com um intervalo de até 12 semanas.