Portimão participou em exercício internacional de resposta a um tsunami

Foi tetsado o Plano de Emergência Municipal

O Serviço Municipal de Proteção Civil de Portimão participou esta quarta-feira no exercício internacional “NeamWave21”, de simulação e resposta a um tsunami , «que teve como principal objetivo testar a prontidão deste sistema de alerta».

A Câmara de Portimão juntou-se à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e ao Instituto Português do Mar e da Atmosfera, bem como a outras entidades em todo o território nacional, «para testar os procedimentos de comunicação a implementar após a chegada da mensagem de alerta de tsunami».

O cenário fictício traçado centrou-se na ocorrência de um sismo registado às 09h07, cujo epicentro se localizou na proximidade do mar de Marrocos, com uma magnitude de 8.6 na escala de Richter e uma profundidade de 27 quilómetros.

«Em consequência, foi testado setorialmente o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Portimão, bem como o sistema de aviso à população inerente à ocorrência, da qual teriam hipoteticamente resultado 924 vítimas mortais, 3089 desalojados e 9506 habitações destruídas, entre outros danos materiais consideráveis», descreve a autarquia portimonense.

«De acordo com a necessidade de realojar as pessoas afetadas, recorrendo para o efeito a 58 autocarros, foram traçados itinerários para as ZCAP – Zonas de Concentração e Apoio à População, uma em cada freguesia de Portimão, e até aos locais de alojamento temporário, situados em oito unidades hoteleiras do concelho», acrescentou.

E, tendo em conta que este foi um simulacro, em que tudo foi feito da forma que seria numa situação real, Isilda Gomes, presidente da Câmara, assumiu «a direção política da gestão de emergência, enquanto autoridade municipal de proteção civil, em estreita articulação com o Posto de Comando Municipal, dirigido pelo respetivo coordenador e que funcionou no quartel dos Bombeiros de Portimão, onde todo o processo de decisão conduziu às ações consideradas fundamentais para uma oportuna resposta e assistência à população, face às diferentes situações apresentadas».

 

 

No final, o balanço feito após reunião com todos os intervenientes foi «positivo».

«A experiência permitirá melhorar os procedimentos e mecanismos testados, para os corrigir e ajustar, criando capacidades e automatizando processos, tanto mais que a autarquia portimonense está a rever o seu Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil. Este momento de aprendizagem possibilitará incorporar as medidas corretivas no novo conteúdo, que será submetido em breve a consulta pública», disse a Câmara de Portimão.

Portimão, lembrou a autarquia, está a implementar, desde 2018, «um sistema inovador e robusto de aviso à população para o risco de tsunami, de âmbito municipal, através de uma rede de sirenes instaladas na zona costeira e ribeirinha, bem como um plano de evacuação das áreas de maior risco, com pontos de encontro seguros definidos para receção de pessoas».

O exercício “NeamWave21” resulta, precisamente, do sistema de alerta precoce para a Região do Atlântico Norte, Mediterrâneo e Mares Conexos (Região NEAMTWS), que foi criado por um grupo de trabalho criado pela UNESCO, na sequência do tsunami ocorrido no Oceano Índico em 2004.

Neste grupo, há representantes de Portugal, Alemanha, Bulgária, Croácia, Egipto, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Israel, Itália, Líbano, Marrocos, Mónaco, Noruega, Roménia, Tunísia e Turquia.

Em Portimão, para além do SMPC, participaram no simulacro os membros do Centro de Coordenação Operacional Municipal, nomeadamente Autoridade Marítima, Bombeiros, Cruz Vermelha Portuguesa, GNR, PSP e PJ.

«Realizado em formato CommandPostExercice e com a duração de oito horas, o NeamWave21” contou igualmente com o apoio técnico das diferentes unidades orgânicas da Câmara Municipal de Portimão relevantes para as ocorrências em curso, além da EMARP – Empresa Municipal de Águas e Resíduos de Portimão», conclui a Câmara de Portimão.

 

Fotos: Câmara de Portimão

 

 



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