Cidadãos pelo CEAT debatem a gestão sustentável da água

Sessão terá lugar no domingo

“Água: um Direito da Vida, por uma Gestão Sustentável” é o tema da segunda sessão do Fórum Cidadania do movimento Cidadãos pelo Centro de Experimentação Agrária e Hortas Urbanas de Tavira (CEAT), que vai decorrer online e será transmitida no Facebook, no domingo, dia 14, às 18h00.

Este debate será moderado por membros do movimento e contará com a intervenção de especialistas. Todos os cidadãos são convidados não só a assistir, como a participar, algo que podem fazer seguindo este link.

«A sessão temática foi organizada devido ao crescente interesse cidadão na problemática da água. Com a queda das últimas chuvas, muitos de nós sentimo-nos aliviados pensando que num potencial aumento da pluviosidade está a resolução do problema hídrico», ilustram os organizadores do evento, questionando se isto será mesmo verdade.

«Alguns afirmam que a falta de água no Algarve é um problema estrutural e não serão as grandes obras de engenharia que colocarão um ponto final à questão. Neste caso, a polémica encerra uma grande oportunidade: construir uma gestão dos recursos hídricos que seja deveras participativa e integrada. Os algarvios não são meros consumidores, senão valiosos parceiros que buscam ser ouvidos e contribuintes para o encontrar de soluções que devolvam, por exemplo, aos jovens e às gerações futuras as chances de prosperarem, face aos inúmeros desafios que encontrarão pela frente», acrescentam os cidadãos pelo CEAT.

O movimento acredita que, «junto com o poder público e demais atores sociais, podemos alcançar uma diversificação da proveniência das águas que precisamos para governar as nossas necessidades». Águas superficiais, subterrâneas, pluviais e águas residuais tratadas «são adequadas, cada uma, para uma finalidade diferente e devem ser vistas como complementares e integrantes de um único sistema».

«Afinal, a nossa água é uma só, mas ela merece ser utilizada da forma mais inteligente possível. Transparência nos consumos e nos valores das perdas de água da rede é necessária para um consumo mais estratégico, que leve a uma harmonia entre os diferentes setores económicos – nomeadamente a agricultura com 56,8% dos consumos, o setor urbano com 34%, além dos setores do turismo/golfes e indústria», acreditam os organizadores da sessão.

«Finalmente, é necessário lembrar que a água é um direito de todas as formas de vida. Precisamos contribuir para a saúde dos ecossistemas que prestam valiosos serviços, dos quais todos os seres vivos usufruem, entre eles a filtragem da água, abastecimento de aquíferos e biorremediação de águas contaminadas. Estes são valiosos stakeholders que devem ser regenerados e incorporados no planeamento urbano, afim de tornar as nossas cidades sensíveis à água, bem como resilientes a eventos climáticos», concluíram os Cidadãos pelo CEAT

 



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