Please ensure Javascript is enabled for purposes of website accessibility
municipio de almodovar

O Bloco de Esquerda quer que o Governo avance, «com urgência», para o desassoreamento da barra de Tavira e dos canais principais da Ria Formosa que lhe dão acesso.

O Grupo Parlamentar do BE apresentou um projeto de resolução na Assembleia da República que recomenda ao Governo «que proceda, com urgência, ao desassoreamento da barra de Tavira e dos canais de acesso aos portos de Santa Luzia e de Cabanas, salvaguardando os valores ambientais em presença».

«As más condições de navegação da barra de Tavira são muito prejudiciais para as atividades piscatórias e turístico-marítimas, colocando em perigo a segurança das embarcações, assim como as da tripulação e dos passageiros», enquadraram os deputados bloquistas, entre os quais de conta João Vasconcelos, eleito pelo Algarve.

jf-quarteira

«No porto de Tavira existem 253 embarcações de pesca licenciadas, às quais se somam mais algumas dezenas nos portos de Cabanas e de Santa Luzia, cujos pescadores dependem dos recursos piscícolas locais e das boas condições de navegação para exercerem a sua atividade. Existe ainda uma doca de recreio com 70 postos de amarração e transporte regular de pessoas para a ilha de Tavira que, em 2015, ascendeu a 338 mil passageiros transportados. Com a maré vaza não é possível operar com as embarcações e mesmo com a maré alta e com ondulação mais forte os riscos de acidente aumentam», acrescentam.

Isto leva a que a barra seja frequentemente encerrada devido ao assoreamento, nomeadamente «quando há ondulação forte».

«Mesmo em alguns períodos do verão a barra é fechada, impedindo a saída para o mar de dezenas de embarcações de pesca, para além dos inúmeros barcos de turismo e de pesca desportiva. Com a maré vaza os pescadores têm de esperar cerca de duas horas para entrar em Santa Luzia e outras duas para sair, o que torna a navegação insustentável», alega o BE, no projeto de resolução que apresentou.

«O grave assoreamento do canal de navegação entre os postes 9 e 10 e na entrada da barra obriga as embarcações a realizarem manobras arriscadas, em círculo, para entrarem e saírem do local, colocando em risco a segurança das tripulações e passageiros. O forte assoreamento do canal de navegação e os pontos luminosos que se encontram em terra induzem em erro a navegação, daqui podendo resultar graves acidentes, especialmente durante o período noturno, ou em situações de fraca visibilidade e de maior agitação marítima».

Apesar deste ser um problema antigo e do processo de assoreamento ser «cada vez mais acelerado», apenas têm sido feitas, de tempos a tempos,  «pequenas dragagens de remediação nesta área da Ria Formosa, mas com efeitos manifestamente insuficientes para garantir a navegação segura das embarcações».

«O desassoreamento da barra e canais adjacentes, de forma profunda e eficaz, tem vindo a ser sucessivamente adiado pelo governo, o que está a conduzir a um bloqueio quase total da barra. Não obstante ter sido elaborado um Plano Plurianual de Dragagens Portuárias 2018/22 pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil, o governo tem adiado sucessivamente os trabalhos de fundo junto à barra de Tavira. O plano de dragagens prevê dragagens anuais de manutenção na ordem dos 40 mil metros cúbicos naquela barra, dragagens a cada cinco anos de 12 mil metros cúbicos no canal de Cabanas e de 16 mil metros cúbicos no canal de Santa Luzia. As últimas dragagens na barra de Tavira e nos canais de Cabanas e de Santa Luzia ocorreram há mais de cinco anos, em 2015-2016», revelou, ainda, o Bloco de Esquerda.

 

 



Banner lateral albufeira

Também poderá gostar

Sul Informação - Pedro Pinto continua a ser líder parlamentar do Chega

Pedro Pinto é candidato único à liderança parlamentar do Chega

Sul Informação - Economista Madalena Figueira candidata do BE à Câmara de Beja

Economista Madalena Figueira candidata do BE à Câmara de Beja

Primeiro ministro Luis Montenegro

Programa do Governo vai ser debatido na AR nos dias 17 e 18