Fotografias que «contam histórias» valeram prémio internacional a André Boto

Para o fotógrafo algarvio, ter vencido esta competição foi «uma alegria enorme»

Foto de André Boto, vencedora na categoria “Coronavírus”

São «fotografias conceptuais que contam uma história através de imagens». O fotógrafo algarvio André Boto ganhou o concurso fotográfico WPE Awards First Half 2021, com um conjunto de quatro fotos que mostram, por exemplo, a vida em tempos de pandemia ou a omnipresença das redes sociais. 

Esta é uma competição em que, no total, participaram 4700 fotógrafos. O algarvio André Boto, natural de Silves, foi o vencedor global do concurso, conseguindo o pódio em quatro categorias diferentes – e com quatro fotografias distintas.

Ainda assim, em conversa com o Sul Informação, explicou como a génese de todas é a mesma: «são fotografias para contar histórias».

Na categoria “Coronavírus”, por exemplo, o algarvio conseguiu o 1º lugar com uma imagem que resume tão bem o que é a vida nestes tempos atípicos.

«No último ano, a nossa vida é feita quase toda em casa. Passamos o dia em casa e tudo acontece em casa. Acabou por ser isso que quis retratar», diz.

 

Foto vencedora da categoria «Comercial»

 

Já na categoria “Comercial”, em que aparece a modelo Mikinha Miki, o fotógrafo quis passar a ideia da centralidade que o telemóvel tem atualmente.

«Há a questão das redes sociais, dessa presença constante… Muitas vezes, até nos esquecemos do que está a acontecer realmente à nossa volta», enquadra.

As outras duas fotografias que alcançaram o pódio foram nas categorias “Fotomontagem” (2º lugar), numa imagem com a presença do músico Eduardo Ramos e o seu alaúde, e “Comida”, uma imagem em que tudo – até o pão – aparece pintado a branco.

Curiosamente, as fotos premiadas acabam por ser «as mais conceptuais que mandei», relata o fotógrafo, cujo processo de criação passa «por estar muito atento ao que se passa, sejam filmes, notícias ou trabalhos de outros colegas».

Para o fotógrafo algarvio, ter vencido esta competição foi «uma alegria enorme».

«Quando se parte para um concurso, tem-se sempre aquela esperança de chegar ao topo. Quando começas a ver o 3º lugar, o 2º e, depois, apareces tu…é uma grande alegria», disse ao nosso jornal.

Dentro do top 100 mundial, ficaram mais três fotógrafos portugueses: Pedro Messias (50º lugar), Luís Miranda (51º) e António Coelho (58º lugar).

 

 

 

 

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