Polícias e funcionários essenciais protestam contra o pagamento de estacionamento no Aeroporto

Funcionários do PSP, do SEF, da GNR, da Autoridade Tributária e IPMA garantem que não têm alternativa ao uso de viatura própria

Profissionais das diferentes forças de segurança e outros funcionários essenciais que trabalham no Aeroporto de Faro vão realizar uma ação de protesto contra a decisão da ANA – Aeroportos de Portugal em começar a cobrar-lhes estacionamento, amanhã, sexta-feira, às 11h00, junto desta infraestrutura aeroportuária.

Os trabalhadores da PSP, do SEF, da GNR, da Autoridade Tributária e do Instituto Português do Mar e da Atmosfera querem, desta forma, «expressar a sua indignação por esta atitude desrespeitosa por parte da empresa privada que gere os aeroportos nacionais», lê-se num comunicado conjunto das estruturas sindicais associações de profissionais  que os representam.

Segundo os sindicatos, a ANA – Aeroportos de Portugal, «decidiu unilateralmente começar a cobrar as avenças de estacionamento aos profissionais dos organismos do estado que exercem funções naquelas infraestruturas, algo que nunca aconteceu no passado».

«Não obstante ser uma empresa privada, a ANA presta um serviço público, cabendo-lhe gerir os aeroportos nacionais e garantir que os mesmos cumprem as regras internacionais para o transporte aéreo de pessoas e bens, assim como lhe compete criar condições para que todas as autoridades e serviços públicos cumpram as suas missões», consideram.

Os profissionais que vão estar amanhã em protesto desempenham «funções essenciais», de tal modo que, sem o seu trabalho, «é impossível manter o funcionamento dos aeroportos».

Tendo em conta que «a atividade dos aeroportos obriga a que os mesmos funcionem 24 horas por dia», as autoridades e demais organismos públicos «laboram em regime de turnos, estando os seus profissionais obrigados a disponibilidade permanente e a um grau de prontidão elevado para assegurar as funções essenciais de um aeroporto».

«Estas características, intrínsecas às suas missões, tornam inviável o uso de transportes públicos por parte dos profissionais daquelas autoridades e organismos públicos na maioria das circunstâncias, razão pela qual o uso de viatura própria é uma imposição e não uma alternativa», asseguram.

«Nesse sentido, a disponibilização de espaços adequados e com a devida segurança para o parqueamento das viaturas do pessoal das diversas autoridades que garantem a segurança e a fiscalização nos Aeroportos Nacionais, nomeadamente Lisboa, Porto, Faro, Funchal e Ponta Delgada, sob a gestão da ANA/VINCI, insere-se nas condições básicas de trabalho que devem ser asseguradas pela concessionária, não podendo ser consideradas como uma cortesia, mas antes como um imperativo do funcionamento regular e seguro do aeroporto», concluíram os representantes dos trabalhadores afetados.

Este protesto visa «deixar uma mensagem muito clara à ANA e ao Governo: não pagamos avenças para trabalhar!», concluem.

 

 



.

Comentários

pub