Há 500 alunos algarvios que continuam a ir a escola

Ministro da Educação esteve esta segunda-feira em São Brás de Alportel

Foto: Pedro Lemos | Sul Informação

Cerca de 500 alunos algarvios continuam a ir à escola, espalhados pelos 29 estabelecimentos escolares de acolhimento, na região, para filhos de trabalhadores dos serviços essenciais.

O ministro da Educação visitou esta segunda-feira, 8 de Fevereiro, uma dessas escolas, em São Brás de Alportel, no dia em que regressou o ensino à distância, vincando que «temos de fazer um esforço coletivo para reabrir as escolas» para todos «o mais depressa possível». 

A Escola EB1/Jardim de Infância nº3 de São Brás de Alportel recebe atualmente 15 crianças do 1º e 2º ciclo. O número não é estanque, pode variar, mas a maior parte são filhos de trabalhadores essenciais (como profissionais de saúde).

Ao Sul Informação, Nídia Amaro, diretora do Agrupamento de Escolas José Belchior Viegas, explicou que também há casos de crianças que a escola identificou como sendo ineficaz o seu acompanhamento em casa, devido às carências, ou alunos com necessidades educativas especiais.

Além do refeitório, onde são confecionadas diariamente cerca de 120 refeições distribuídas em take-away, Tiago Brandão Rodrigues visitou algumas das salas onde as crianças iam assistindo às aulas online, mas com uma auxiliar a prestar o apoio necessário. É que, apesar de estarem na escola, o ensino é à distância para todos os alunos e acompanhado através do computador.

O pequeno Manuel, do 6º ano, foi um desses casos, enquanto se preparava para uma aula de educação física, em frente ao ecrã.

 

Tiago Brandão Rodrigues, Vítor Guerreiro, presidente da Câmara de São Brás, e Alexandre Lima, delegado regional de Educação do Algarve – Foto: Pedro Lemos | Sul Informação

 

Logo no início do dia de ontem, confessou, tinha estado a falar com a sua diretora de turma para afinar o que serão estes dias de aulas à distância.

Para o ministro da Educação, este regresso do ensino online tem de ter um horizonte: (re)abrir as escolas, mal seja possível.

«Tivemos oportunidade de ter esta pausa porque acreditamos que nada substitui as aulas presenciais. Ainda agora falava com a diretora que me dizia que é muito importante voltar o mais depressa possível. Todos temos o entendimento, as pessoas que trabalham na escola, as famílias, de que voltar à escola é necessariamente uma urgência», disse, aos jornalistas.

Por agora, ainda «não o podemos fazer», mas para o governante «é importante vermos o que acontece aqui hoje nesta escola: o trabalho que está a ser feito».

«É importante esta ideia muito apropriada pelas direções das escolas que, sempre que entendam que o aluno está em risco de abandono escolar ou se o ensino online é ineficaz, se possam criar as condições para trazer para as escolas os alunos que não tenham condições», considerou.

 

Foto: Pedro Lemos | Sul Informação

 

Até porque, fez questão de reforçar, «nada substitui o ensino presencial, o que acontece nas nossas escolas, e a socialização».

«Cada criança em casa, com as suas famílias, terá os seus constrangimentos. Sabemos que a saúde física e mental também está necessariamente afetada. Se foi difícil fechar as escolas, temos de ter um esforço coletivo para criarmos as condições necessárias para as reabrir o mais rapidamente possível, sempre com segurança, começando, provavelmente, pelos mais pequenos», disse o ministro da Educação.

Ainda assim, questionado pelos jornalistas sobre quando poderão abrir as escolas, Tiago Brandão Rodrigues não quis «adiantar» qualquer previsão, até porque ainda vão ser «ouvidos os peritos».

Por fim, em relação aos computadores dados pelo Governo, o ministro disse que já há «100 mil na mão dos nossos alunos», mas, quanto aos que ainda faltam entregar, não se pronunciou.

 

Fotos: Pedro Lemos | Sul Informação

 

 

 

 

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