Kacper Zuk derrota Nuno Borges e vence M25 Vale do Lobo Open

Kacper Zuk venceu por 6-4 e 6-3

O polaco Kacper Zuk venceu, este domingo, o Vale do Lobo Open, ao derrotar Nuno Borges na final do torneio que a Premier Sports e a Federação Portuguesa de Ténis organizaram ao longo dos últimos oito dias na Vale do Lobo Tennis Academy.

No primeiro encontro de sempre entre ambos, o segundo cabeça de série e número 285 do ranking ATP venceu por 6-4 e 6-3 para ficar com o título quando estavam decorridos 81 minutos de encontro.

«Tentei ser muito sólido no início e não lhe dar pontos fáceis, porque era uma final, há sempre pressão e o começo do encontro é muito importante. Felizmente consegui segurar o meu serviço com facilidade e tive algumas hipóteses na resposta. Estou muito, muito feliz e orgulhoso pela forma como joguei hoje e com estas duas semanas», explicou o jovem polaco de 21 anos, que este domingo ergueu o quarto título da temporada e sétimo da carreira no circuito ITF.

Apesar de ter sido a primeira vez que enfrentou o português, Zuk estava preparado. «Falei com um amigo meu que esteve no college com ele e que me disse muitas coisas e também assisti a vários jogos dele na internet, por isso sabia exatamente o que esperar».

Quanto a Nuno Borges, que no Vale do Lobo Open perdeu a terceira final consecutiva (já tinha sido finalista no Porto e em Setúbal) depois de vencer as duas primeiras que disputou em 2020 (em Monastir e Sintra), não escondeu a desilusão.

«Faltou conseguir fazer o meu jogo normal, aquele que fiz nos outros dias, e tratar este encontro como mais um e não uma final. Estou frustrado e neste momento ainda me é difícil perceber o que é que falhou, estou desapontado por não ter conseguido jogar melhor. Foi muito mental. Tinha ténis para ganhar hoje e saio daqui triste por não ter conseguido a vitória».

Concluído o último dia do torneio, Pedro Frazão, diretor da prova, enalteceu o esforço que foi feito para que o torneio se mantivesse no calendário.

«Quero destacar sobretudo o grande esforço que a Federação Portuguesa de Ténis fez para não deixar cair esta prova. Como se sabe, estava prevista para outro clube e por causa desta situação da Covid-19 teve de ser transferida para Vale do Lobo em cima da hora. Foi uma união de esforços, mas sobretudo da Federação Portuguesa de Ténis. E em boa hora assim o decidiram, porque acabou por ser uma excelente semana para o ténis português, que os jogadores portugueses conseguiram aproveitar muito bem: tivemos o Nuno Borges como finalista em singulares, que ontem já tinha jogado a final de pares com o Francisco Cabral, e o Gastão Elias também jogou as meias-finais de singulares, portanto para o ténis português foi uma semana muito produtiva».

«Pelas circunstâncias que todos conhecemos, estes torneios estão muito fortes e o facto de os tenistas portugueses estarem a conseguir bons resultados demonstra que estão no bom caminho. Penso que a curto prazo vamos colher os frutos de todo este trabalho que tem vindo a ser realizado», acrescentou o diretor do torneio.

Em relação à final deste domingo, Pedro Frazão apontou o cansaço de Nuno Borges como decisivo no desfecho do encontro. «Hoje ele não esteve nos seus melhores dias, mas não nos podemos esquecer que foi uma semana muito dura, sobretudo fisicamente. Ainda ontem teve uma meia-final de singulares duríssima e a final de pares. Quer se queira, quer não, o físico pesa muito e penso que foi isso que faltou hoje», considerou.

 



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