PSD Algarve preocupado com fuga de migrantes de quartel de Tavira

Social-democratas dizem que há falhas na vigilância costeira

O PSD Algarve considera que o problema da chegada de migrantes ilegais à costa do Algarve «não está a ser tratado como é exigível» pelo Governo e, em comunicado, os social-democratas encaram «com preocupação» a fuga de 17 migrantes que estavam sob custódia do Estado, no Quartel de Tavira.

O PSD realça que este episódio junta-se «a um conjunto de outros, nos quais os migrantes ilegais – sob custódia de entidades públicas após serem interceptados – se colocam em fuga, por vezes bem sucedida, ou são libertados porque o Estado não consegue cumprir os prazos para a sua deportação».

Para os social-democratas, «a permissão de fuga é o pior sinal que se pode transmitir: significa que a operação criminosa, mesmo depois de detetada, é coroada de êxito. Não há maior estímulo para que a rede se fortaleça e os desembarques se intensifiquem», considera o PSD.

Por isso, prossegue o comunicado, «importa que se revejam os protocolos de segurança, pois é inaceitável que estas situações se repitam e se apurem as devidas responsabilidades».

O PSD Algarve considera ainda «que a região e o país estão sob uma ameaça grave que o Governo tarda em reconhecer, apelidando até, o ministro da Administração Interna, a ideia de existência de uma rede como ridícula».

Por isso, prosseguem os social-democratas algarvios, «quem não reconhece o problema não o pode resolver, e essa gritante omissão do Governo funciona como um convite a que se consolide a rota de tráfico de migrantes ilegais que utiliza o Algarve, já que muitos dos imigrantes ilegais que estão sob custódia das autoridades estão em paradeiro incerto, em fuga, não podendo ser deportados».

«Estão a nu falhas na vigilância costeira, na vigilância aos migrantes ilegais interceptado e no exercício de mecanismos de deportação», acrescenta o PSD.

«Impõe-se que o Governo vença a inércia e coloque as autoridades públicas a funcionar para que o Algarve não seja uma porta de entrada de criminalidade, a qual, primeiro no tráfico de pessoas, rapidamente se expande para criminalidade mais gravosa», conclui.

 



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