«Triste», mas também «receosa». É desta forma que Isilda Gomes vê a saída do Governo de Jamila Madeira e de José Apolinário, que até à passada semana eram dois dos três secretários de Estado do atual elenco governativo.
Em declarações ao Sul Informação, a presidente da Câmara de Portimão e membro do Secretariado Nacional do PS não escondeu a sua preocupação pela perda de representatividade da região, a nível central.
«José Apolinário e Jamila Madeira foram dois bons secretários de Estado, quer para o Algarve, quer para o país. E é sempre bom ter gente nossa, junto dos centros de decisão», considerou.
«Considero que quanto menos pessoas da região houver no Governo, menos representatividade há junto dos centros de decisão. E considero era importante que lá estivessem e tenho orgulho no trabalho que desenvolveram», reforçou.
E se, no caso de José Apolinário, a saída foi para ocupar, «com todo o mérito, o cargo de primeiro presidente da CCDR do Algarve eleito – neste caso, por um colégio eleitoral composto por autarcas da região, largamente dominado pelos socialistas -, já o afastamento de Jamila Madeira foi, segundo a própria, uma surpresa.

Isilda Gomes, apesar de garantir não saber quais as razões, em concreto, que levaram à saída de Jamila Madeira do Governo, não esconde «alguma preocupação» com o sucedido.
É que, além de ser algarvia, Jamila Madeira era secretária de Estado Adjunta e da Saúde, uma área governativa que interessa, particularmente, ao Algarve.
«Eu espero que a saída dela não cause qualquer problema na execução do nosso grande projeto, que é o novo Hospital Central, bem como, naturalmente, na reformulação, na reestruturação da unidade de Portimão do Centro Hospitalar Universitário do Algarve», desejou Isilda Gomes.
«Espero e tenho a esperança que o senhor primeiro-ministro e a ministra da Saúde continuem a colocar estes dois projetos, que eu considero fundamentais, no centro das suas prioridades», afirmou a presidente da Câmara de Portimão.
Quanto à opção por Jorge Botelho para ocupar o cargo de coordenador regional do combate à Covid-19, deixado vago por José Apolinário, a edil portimonense não tem qualquer reserva.
«Jorge Botelho fará, com certeza, um bom trabalho. Tendo ele sido um bom autarca e um bom presidente da AMAL, como foi, não tenho a menor dúvida de que estará à altura», disse.
Com apenas uma voz algarvia restante no Governo de António Costa, Isilda Gomes assegura que não deixará «de fazer pressão, a nível nacional».
«Vamos continuar a estar próximos do Governo e a exigir que o Governo olhe para o Algarve com um olhar diferente, até porque esta é uma região com problemas únicos e diferentes», concluiu.
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