Arthur e Corinne apaixonaram-se pelo Algarve em 1980 e todos os anos renovam os “votos”

Casal britânico fez, esta terça-feira, a sua 40ª viagem para o Algarve

O casal Anderson com a vice-presidente da RTA e o diretor do Aeroporto – Foto: Nuno Costa | Sul Informação

Em 1980, Arthur e Corinne Anderson aterraram pela primeira vez no Algarve. Em Armação de Pêra, só havia um hotel, o Hotel Garbe, e foi lá que ficaram. Desde então, a vila cresceu, o hotel mudou de nome, mas o casal inglês não deixou de fazer férias na região, ano após ano. Esta quarta-feira, Arthur e Corinne voltaram a aterrar no Aeroporto de Faro e a Região de Turismo do Algarve preparou-lhes uma surpresa para agradecer a fidelidade.

Tal como aconteceu a muitos ingleses, a pandemia “trocou-lhes as voltas” e, este ano, não puderam cumprir a sua tradição de viajar para o Algarve, em Junho, para o aniversário de Corinne. Ainda assim, mal puderam, entraram no avião rumo a Faro.

 

A chegada a Faro – Foto: Nuno Costa | Sul Informação

 

«Era para termos vindo em Junho, mas a Easyjet cancelou o voo», contou Arthur Anderson aos jornalistas, antes de fazer uma verdadeira “declaração de amor” ao Algarve: «é a nossa segunda casa. Gostamos do Algarve, gostamos das pessoas, da comida e é um prazer estar aqui».

Arthur recorda que, «há 40 anos, o Hotel Garbe era o único hotel» em Armação de Pêra.

«Vimos a vila a crescer e conhecemos pessoas que, mais tarde, criaram também negócios», disse. O objetivo é continuar a viajar para o Algarve nos próximos anos, seja «de bengala, ou de cadeira de rodas», gracejou.

Corinne, por seu lado, ficou feliz com a «maravilhosa receção inesperada» que contou com a presença de Fátima Catarino, vice-presidente da Região de Turismo do Algarve, e de Alberto Mota Borges, diretor do Aeroporto de Faro.

 

Corinne Anderson – Foto: Nuno Costa | Sul Informação

 

«Foi maravilhosa esta receção inesperada. Adoro as praias, as pessoas. Aqui, toda a gente é simpática e temos peixe fresco. Não há sítio melhor», disse, sorridente.

Corinne recorda-se bem de quando se apaixonou pelo Algarve. «Lembro-me de, depois da primeira noite, estarmos sentados na varanda do hotel a tomar o pequeno almoço, com o sol a nascer».

Apesar da pandemia da Covid-19 e de Arthur e Corinne fazerem parte do chamado “grupo de risco”, não vir este ano ao Algarve, pelo 40º ano consecutivo, nunca foi uma possibilidade. «Nunca pensámos em não vir. Quando nos cancelaram o voo para Junho, ficámos de dedos cruzados e cá estamos».

Já sobre a possibilidade de Portugal voltar a ser excluído dos chamados destinos seguros do Reino Unido, Corinne espera que «não volte a ser excluído. Vocês [algarvios] precisam do nosso turismo neste Verão e há muita gente na Inglaterra com medo de vir, mas eu não tenho medo em casa e não tenho medo aqui».

 

Fátima Catarino com Corinne Anderson  – Foto: Nuno Costa | Sul Informação

 

Para Fátima Catarino, que recebeu o casal com um ramo de flores, «temos de destacar estes casos porque são um bom exemplo de como os ingleses são fiéis a um destino turístico. É importante mimá-los com estas surpresas. Vêm cansados da viagem, chegam aqui e são recebidos assim. Isso propaga-se pelos amigos e família».

Portugal entrou, no dia 20 de Agosto, na lista de destinos seguros do Reino Unido, mas, de acordo com as notícias em Inglaterra, a decisão pode ser revertida já amanhã e há até ingleses a antecipar o regresso de férias.

Apesar disso, a vice-presidente da Região de Turismo do Algarve diz que não tem conhecimento deste regresso antecipado. «O que sabemos é que continuam a chegar britânicos independentemente da incerteza. Esperamos que essas notícias sejam um falso alarme e que tudo corra bem, porque precisamos dos ingleses na nossa economia».

Fátima Catarino realça que «os britânicos demonstraram uma fidelidade neste destino incrível, cancelando outras viagens noutros destinos e reservando em massa para aqui. Com a inclusão de Portugal na lista dos destinos seguros, até Outubro, as reservas aumentaram exponencialmente».

«Esperemos que tudo corra bem amanhã», concluiu.

 

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