Empresa algarvia colabora no desenvolvimento de aplicação que convenceu Trump

Aplicação é rival do Tik-Tok

A empresa tecnológica algarvia Dengun, com sede em Faro, é uma das responsáveis pelo sucesso da aplicação Triller que, além de já ter 50 milhões de utilizadores e ser a grande rival do Tik-Tok, convenceu Donald Trump a criar uma conta.

A Dengun foi contratada para trabalhar no desenvolvimento da Triller, no início de 2018, quando a aplicação tinha 10 milhões de utilizadores, mas tinha problemas em lidar com o crescimento de usuários.

«O nosso principal desafio foi estabilizar a infraestrutura, para conseguir lidar com a sobrecarga provocada pela atividade dos utilizadores da aplicação», destaca Miguel Rocha Fernandes, fundador da empresa algarvia.

A Dengun desenvolveu toda uma nova infraestrutura de servidores corrigidos e o trabalho da empresa algarvia foi reconhecido, tendo ficado com a responsabilidade de gerir o projeto a nível internacional, com uma equipa de 30 pessoas.

 

 

«No site da aplicação, Faro esteve destacado como uma das delegações internacionais da Triller, ao lado de Los Angeles, São Francisco, Nova Iorque e Paris», enaltece o diretor executivo da Dengun.

A parceria entre a Dengun e a Triller manteve-se até Março deste ano, quando a aplicação recebeu um investimento de 100 milhões de dólares.

A empresa algarvia ajudou a Triller, reestruturando a infraestrutura de servidores e, com isso, permitiu aumentar o número de utilizadores suportados em simultâneo, até receber esse financiamento.

A Triller é uma aplicação para iOS e Android que permite a criação de vídeos curtos e que é atualmente a principal “rival” da app TikTok.

 

 

Nas últimas semanas, a Triller conseguiu atingir o primeiro lugar de aplicações mais descarregadas em 85 países.
Donald Trump, presidente dos Estados Unidos da América, criou recentemente uma conta na aplicação, juntando-se a Kevin Hart, Vanessa Hudgens ou às modelos da Victoria Secret.

A Dengun é uma das empresas que integra o Algarve Tech Hub, um projeto que envolve empresas e parceiros públicos e que quer promover na região a criação de um ambiente que atraia digital nomads e remote workers e promova a fixação de mais capital intelectual nas áreas de tecnologia e inovação empresas tecnológicas.

Miguel Rocha Fernandes considera que, «se conseguirmos criar um ecossistema suficientemente avançado em determinadas áreas de especialização conhecimento, que faça nascer alguns “unicórnios”, que impacto teria isso para a economia? As Tecnologias da Informação e Comunicação podem, a médio prazo, produzir tanto do que o turismo já produz para o Algarve e Portugal, sem ficar refém das flutuações dos mercados ou de situações destas como a da pandemia».

 



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