A história de Pedro, Inês e Mia é uma «mensagem de esperança» para as crianças

Obra tem uma vertente solidária

Chama-se “A Mia e a Magia do Arco-Íris” e é, acima de tudo, um livro infantil que quer passar uma «mensagem de esperança» às crianças porque «tudo vai ficar bem». A história desenrola-se durante o período de confinamento que nos obrigou a todos a proteger de um vírus invisível e que tantas marcas deixou. Por isso, esta é uma obra solidária que também vai ajudar quem mais precisa. 

O casal Pedro Águas e Inês Vargem, fundador e CEO da agência criativa LCPA, respetivamente, são os responsáveis pelo livro. A ideia surgiu-lhes durante o tempo em que também eles estiveram em casa.

«Se para os adultos não foi fácil, para os mais novos foi ainda pior. Nós também temos uma menina pequenina e conseguimos perceber esta questão», começa por explicar Inês, ao Sul Informação. 

O trabalho foi menor, nos tempos de confinamento, o que serviu de incentivo a concretizar este sonho.

«Nós não gostamos de ficar de braços cruzados e o Pedro começou a pensar o que é que nós, enquanto empresa, podíamos fazer para ajudar a comunidade. Partilhou a ideia comigo, e eu, além de ter a base como psicóloga educacional, sempre tive o sonho de escrever um livro», explica.

Juntou-se o útil ao agradável e assim nasceu “A Mia e a Magia do Arco-Íris”, um pequeno livro infantil, de 32 páginas, que se dirige a crianças dos 3 aos 7 anos.

 

Pedro Águas e Inês Vargem

 

A base foi uma das imagens mais vistas durante o confinamento – os arco-íris, muitos deles pintados e colocados nas janelas de tantas casas.

«Como os miúdos andaram todos a pintar arco-íris, pensei em usar esse conceito e transformá-lo numa mensagem de esperança. Nunca saberemos se teremos de voltar ou não a esta situação da quarentena», explica Inês Vargem.

A mensagem que o livro quer passar é bem vincada: esperança. Esperança em que tudo ficará bem.

«Queremos mostrar às crianças como a Mia também esteve em quarentena, mas que os pais lhe explicaram que não valia a pena ficar assustada porque tudo passará», diz, sorridente, a autora dos textos do livro.

A parte das ilustrações ficou a cargo de Edgar, do Estúdio Onze, de Faro, num desafio feito por Pedro Águas e Inês Vargem a estes parceiros da agência LCPA. «Nós entregámos a história e ele, a nível gráfico, trabalhou de forma autónoma», enquadra Pedro Águas.

Numa altura em que as consequências da Covid-19 se continuam a fazer sentir, o livro também tem uma vertente solidária. Aliás, «nem podia ser de outra forma porque nunca tivemos o lucro como objetivo».

«Nunca pensámos nisto como um projeto lucrativo e, por isso, tínhamos de ter aqui contemplada essa preocupação social. Dada a conjuntura atual, pensámos no Refood porque há pessoas a passar por grandes carências até a nível alimentar. Assim, por cada livro vendido, 1 euro vai para o Refood», adiantou Inês Vargem.

A obra, que já está disponível para encomenda aqui, estará em pré-venda a 9,90 euros. Depois, o valor subirá para 12 euros. «Por agora, serão produzidas 200 unidades, mas queremos que isto corra tão bem que tenhamos de produzir mais», diz Pedro Águas.

Quem não puder comprar, haverá uma versão digital, gratuita e disponível para download, bem como um audiobook.

 

 

Certo é que a história do livro já foi testada e a aceitação das crianças foi boa. «No desenrolar do processo, pegámos também num número de pessoas nossas conhecidas para testar a história junto dos mais novos e o feed-back foi bastante positivo, em termos do impacto», conta, orgulhoso, Pedro Águas.

Esta aventura ainda agora começou, mas o casal Pedro e Inês já tem mais histórias na manga.

«Pensámos num projeto chamado “Histórias que ensinam” com o objetivo de fazer mais livros no futuro que façam parte do ensinamento de mensagens importantes. Falamos, por exemplo, das questões do racismo, o desperdício alimentar, as drogas», adianta Pedro Águas.

É que, concluiu, «todas estas temáticas podem ser difíceis de explicar» às crianças.

«O que queremos sempre, com este livro e com os que vierem, é dar a comunidade uma ferramenta de trabalho na área da educação».

 

Fotos: Bárbara Caetano | Sul Informação

 

 

 

 

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