A associação SOS Oncológico, sediada em Lagoa, já distribuiu, desde finais de Março, 808 máscaras a doentes com cancro residentes em todo o país e mesmo no estrangeiro.
Maria João Santos, presidente da associação, disse ao Sul Informação que se trata de máscaras «produzidas por empresas certificadas pelo CITEVE», o Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário que tem garantido a conformidade das máscaras produzidas com as normas.
«Os doentes oncológicos são um dos principais grupos de risco» da Covid-19, recorda aquela responsável, pelo que a associação se preocupou, desde o início da pandemia, em assegurar a maior segurança possível a essas pessoas.
As máscaras estão a ser enviadas aos doentes oncológicos, quer em Portugal Continental, quer nas Regiões Autónomas, e mesmo a pessoas emigradas no estrangeiro.
Vão também começar a ser disponibilizadas viseiras, enviadas pelo Grupo Nabeiro , destinadas sobretudo a «doentes com cancro no pulmão e aos cuidadores de acamados».
Há ainda uma entidade que se disponibilizou para entregar viseiras ao hospital de dia para doentes oncológicos do Hospital de Portimão.
Para conseguir distribuir este equipamento, a SOS Oncológico conta com «o apoio de empresas de todo o país, mas sobretudo do Norte». A ajuda já chegou, por exemplo, do Grupo Nabeiro, da empresa Lameirinho Indústria Téxtil, de Guimarães, da Safemask One – Portugal, da Interfire – Serviço de Segurança & Primeiros Socorros, e do Agrupamento de Escolas Poeta António Aleixo, de Portimão. «Lamento dizer, mas pedimos apoio a empresas aqui do Algarve, sempre sem resultado».
Outro apoio importante tem sido o da União de Freguesias de Lagoa e Carvoeiro, que assegura as despesas do envio, por correio, das máscaras. «Trata-se de máscaras individuais, numa embalagem esterilizada, que enviamos por correio. A Junta paga as despesas do envio, o que é também uma grande ajuda para esta nossa tarefa», explicou Maria João Santos.
A associação tinha já pedido apoio aos CTT, que concedeu um desconto para o envio do material, mas aquela responsável considera que não era ainda suficiente. Por isso, é fundamental o apoio da autarquia.
As máscaras que estão a ser distribuídas são laváveis, podendo portanto ser reutilizadas. «Quando enviamos as proteções para os doentes identificados pela associação, seguem também instruções de uso e o alerta de que não são dispositivos médicos, bem como outras recomendações de acordo com as normas da Direção-Geral de Saúde.
Para pedir estas máscaras, basta entrar em contacto com a SOS Oncológico, através de mensagem na sua página de Facebook, a que se pode aceder clicando aqui.
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