Polícia Marítima promete atenção especial a praias não vigiadas

Vigilância será reforçada sempre que forem detetadas muitas pessoas nessas praias

O comandante-geral da Polícia Marítima (PM) revelou hoje que vai ser dada especial atenção às praias não vigiadas durante a época balnear, reforçando a vigilância quando se verificar um maior número de banhistas nessas zonas.

Numa audição na comissão parlamentar da Defesa Nacional, o vice-almirante Luís Carlos de Sousa Pereira afirmou que, numa época balnear «atípica», devido à pandemia de covid-19, com regras especiais de afastamento física, será normal as pessoas irem para praias não vigiadas.

«O que pretendemos é que as praias não estejam lotadas e as pessoas se distribuam pelas praias de maior capacidade», afirmou Sousa Pereira, explicando, em seguida, o funcionamento do programa “SeaWatch”, que existe há dez anos e dá especial atenção a essas áreas, que recorre à vigilância com um todo-o-terreno pelo areais.

Através de uma «capacidade de comando e controlo», revelou, é possível saber «em tempo real, através de sistema de geoposicionamento» dos efetivos, «avaliar qual a carga das praias» e fazer um «reforço de pessoal apeado» para essa zonas.

«À medida que vamos vendo que há mais pessoas nessas praias, podemos deslocar pessoal do programa de vigilância apeada», descreveu o diretor-geral da Autoridade Marítima e Comandante-geral da PM.

A exemplo do que já fizera, há duas semanas, o Chefe do Estado-Maior da Armada, Mendes Calado, também no parlamento, o vice-almirante garantiu, por diversas vezes, que os fuzileiros que irão este ano ajudar a Polícia Marítima não terão funções policiais.

 



 

Esses elementos vão ter missões de aconselhamento dos banhistas, para, por exemplo, manterem a distância social – os chapéus de sol terão de estar pelo menos a três metros uns dos outros – e de vigilância dos areais.

Terão, uma função «didática» e informativa dos utentes das praias quanto à proibição decidida este ano para jogos (com bola e raquetes) na praia, o que aconteceu no último fim de semana.

«Muita gente não sabe, [mas] nós não ficámos com as raquetes nem com as bolas. Tivemos uma atitude didática», descreveu, referindo-se ao último fim de semana, em que o sol levou muitas pessoas à praia.

Para dar um «aconselhamento de afastar-se» um dos outros ou «promover boas práticas» dos banhistas, argumentou, não é «preciso um policia para fazer isso», pode ser «um militar que está familiarizado com o mar» a fazê-lo.

«É nessa lógica que esta questão é feita» entre os efetivos da Polícia Marítima e o reforço de efetivos de fuzileiros.

Em caso de necessidade, como disse ter acontecido há dias com «uma rixa» em Carcavelos, haverá o recurso à polícia, no caso a PSP, que está, afirmou, articulada com a PM.

O «grande desafio» das autoridades, resumiu, «é regular o uso das praias» pelas pessoas e o «cumprimento da lei de quem usa».

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