Sindicato acusa Quinta do Lago de não proteger trabalhadores, resort nega

Conselho de Administração da Quinta do Lago diz estar «profundamente chocado» com as alegações

O Sindicato da Hotelaria do Algarve acusa a Sociedade de Golfe da Quinta do Lago de «não proteger os trabalhadores» durante a atual pandemia da Covid-19, ao não lhes dar equipamentos de proteção, mas o resort nega as acusações, garantindo que «vai recorrer a todos os meios legais para repor a verdade». 

Num comunicado enviado às redações na noite desta segunda-feira, 13 de Abril, o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Algarve acusou a Sociedade de Golfe da Quinta do Lago de «não estar a fornecer os equipamentos de proteção individual aos trabalhadores, nem estar a garantir a desinfeção e higienização de espaços, equipamentos e ferramentas».

Perante isto, o Sul Informação questionou o Conselho de Administração do Grupo Quinta do Lago que, em resposta escrita, negou estas acusações. 

«Não corresponde à verdade o alegado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurante e Similares do Algarve, nem tal comunicado especifica quaisquer situações em concreto, apenas fazendo alegações genéricas e sem qualquer fundamento», lê-se nessa resposta.

Segundo o Conselho de Administração, o grupo de empresas da Quinta do Lago, «onde se inclui a Sociedade do Golfe da Quinta do Lago, S.A., tem em vigor um Plano de Contingência desde o passado dia 17 de Março, ainda antes do Estado de Emergência ter sido decretado em Portugal».

Desse esse dia, garante, «foram também implementadas novas medidas de autoproteção de acordo com as recomendações da Direção-Geral da Saúde e da Organização Mundial da Saúde».

Neste sentido, «os colaboradores que trabalham em todas as sociedades pertencentes ao Grupo Quinta do Lago participaram em sessões de esclarecimento sobre os protocolos internos de prevenção do vírus e medidas de autoproteção».

Além disto, a administração do resort garante que «tem estado a trabalhar de perto com a ACT – Autoridade para as Condições do Trabalho, de forma a garantir a implementação de todas as medidas preventivas».

Só que, para o sindicato, a alegada falta de proteção dos trabalhadores está a «gerar uma grande preocupação» junto dos trabalhadores que têm «receio de transportar a doença para o seio familiar».

O Conselho de Administração, por sua vez, garante que «todas as medidas de segurança, higiene e saúde pública foram implementadas e encontram-se a ser rigorosamente salvaguardadas e a ser cumpridas, em qualquer situação, tais como: desenvolvimento de Relatório de Avaliação de Riscos, ativação de Plano de Contingência, novos procedimentos na limpeza dos equipamentos utilizados, encomenda de equipamento para os colaboradores como máscaras, luvas ou soluções e dispensadores de gel desinfetante, entre outros».

Na sua resposta, o grupo Quinta do Lago também lamenta o facto de «nunca ter sido contactado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurante e Similares do Algarve a fim de prestar esclarecimentos sobre as alegações agora feitas e encontra-se profundamente chocado com tais alegações».

Por isto, o resort garante que vai «recorrer a todos os meios legais ao seu alcance para repor a verdade e fazer cessar acusações que não têm qualquer fundamento e que são apenas feitas com o fim de afetar o seu bom-nome e imagem».

Já o Sindicato diz que vai «solicitar a intervenção da Autoridade para as Condições do Trabalho e da Administração Regional de Saúde do Algarve».

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