A antiga MFS – Moura Fábrica Solar vai reabrir, depois da Comissão Diretiva do Alentejo 2020 ter aprovado, na semana passada, uma candidatura para um investimento total de 4,9 milhões de euros e um apoio FEDER de 2,9 milhões de euros.
A candidatura foi apresentada pela Lux Optimeyse Energy, empresa de capitais ingleses dedicada à produção de componentes na área da energia, que anunciou que só no início do próximo ano tornará público o projeto que tem para a unidade fabril localizada em Moura.
Álvaro Azedo, presidente da Câmara de Moura, comentou que se trata de «um passo importante no âmbito deste processo de reinstalação da fábrica, com um investidor consistente, com capacidade para construir um projeto com significado para o concelho».
A MFS – Moura Fábrica Solar, instalada naquela cidade alentejana há dez anos, dedicava-se à produção de painéis solares e era propriedade da empresa espanhola Acciona, tendo sido gerida consecutivamente por dois parceiros tecnológicos, primeiro um espanhol, depois um chinês.
No início do ano, a Acciona encerrou a fábrica que empregava 105 trabalhadores, mão-de-obra altamente qualificada, entre os quais jovens e casais.
A decisão de fecho tinha sido tomada em Setembro de 2018, na sequência da eliminação pela União Europeia das tarifas sobre a importação de painéis da China, com consequente transferência da produção para fábricas na Ásia.
A criação da MFS, que começou a produzir em 2008, foi uma das contrapartidas do projeto de construção da Central Solar Fotovoltaica de Amareleja, no concelho de Moura.
Após ter comprado a empresa criada pela Câmara para construir e gerir a central, a Acciona construiu a MFS e, no âmbito de um acordo com o município, comprometeu-se a mantê-la a funcionar durante 10 anos, ou seja, até 2018, e com mais de 100 trabalhadores.
