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O grupo de Biologia de Células Estaminais do Centro de Investigação em Biomedicina (CBMR) da Universidade do Algarve (UAlg), liderado por José Bragança, acaba de publicar na revista Cell Death & Disease um artigo científico que pode trazer «importantes conclusões» no que diz respeito ao processo de desenvolvimento do coração durante a gestação e à prevenção do aparecimento de doenças congénitas cardíacas.

De entre as doenças congénitas, «as cardíacas são as que surgem em maior número nos humanos (afetando cerca de 1 em cada 100 bebés)», refere a UAlg.

Estas cardiopatias, que estão presentes no momento do nascimento, resultam de uma falha no processo do desenvolvimento embrionário.

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Vários trabalhos anteriores, incluindo os de José Bragança, demonstraram que a proteína CITED2 é crítica para a sobrevivência e o desenvolvimento dos embriões e, em particular, para que o processo de desenvolvimento cardíaco decorra normalmente.

Esta recente investigação, conduzida inicialmente com células estaminais embrionárias (de ratinho), «proporcionou uma melhor compreensão da importância da proteína CITED2 nos mecanismos moleculares de diferenciação cardíaca, e levou à identificação de proteínas que podem servir de suplementos para compensar o aparecimento de anomalias cardiovasculares», refere a UAlg.

Nestes ensaios verificou-se que a sobre-expressão da proteína CITED2 leva à secreção de proteínas extra-celulares entre as quais foram identificadas duas proteínas – a WNT5A e a WNT11 – que provaram ser capazes de restaurar a sobrevivência e o desenvolvimento do coração em embriões de peixe-zebra com expressão de CITED2 deficiente.

Assim, neste trabalho, os cientistas conseguiram também verificar que a proteína CITED2 desempenha um papel similar ao que foi avançado para o ratinho e para o Homem, indicando que a função da proteína CITED2 é conservada nos vertebrados (dos peixes ao Homem).

«Os resultados desta investigação são particularmente importantes uma vez que sugerem que a disfunção de CITED2 durante o desenvolvimento e, talvez, de outras proteínas poderá ser compensada pela toma de suplementos, abrindo portas para futuras abordagens clínicas que permitam prevenir ou limitar as malformações cardíacas durante a gestação, sem requerer terapias génicas», conclui a UAlg.

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