PCP diz que novas instalações da GNR em Lagos são «obras de Santa Engrácia»

Os comunistas querem saber qual é o motivo do atraso

O PCP quer saber quando é que o Governo vai avançar com a empreitada de construção das novas instalações da GNR de Lagos. Os comunistas dizem, mesmo, que estas são as «obras de Santa Engrácia» que já deviam ter arrancado em 2018. 

Para o PCP, as «obras nas novas instalações da GNR de Lagos são um exemplo paradigmático de como, em nome da obsessão pela redução acelerada do défice orçamental, se vão atrasando investimentos imprescindíveis para a melhoria dos serviços públicos».

«O lamentável processo destas obras pode ser resumido da seguinte forma: o anterior Governo PSD/CDS reconheceu em 2012 que as instalações da GNR de Lagos se encontravam degradadas e eram desajustadas face às necessidades do serviço, mas só passados três anos, em Abril de 2015, é que celebrou um protocolo com a Câmara Municipal de Lagos para a instalação da GNR em novas instalações».

«16 meses depois, em Agosto de 2016, o projeto de execução das obras de adaptação dessas novas instalações estava “quase” concluído, mas só ficou mesmo concluído dois anos e meio depois da celebração do protocolo», dizem os comunistas.

«As obras, que deveriam estar concluídas no início de 2017, nem sequer tinham começado nessa altura, pois faltava celebrar um contrato interadministrativo com a Câmara Municipal de Lagos. Esse contrato acabou por ser celebrado em Janeiro de 2018, o que permitiria o início da empreitada ainda em 2018, mas já estamos a meio do ano de 2019 e a empreitada ainda não arrancou», denunciam.

Em Abril do ano passado, após uma pergunta do PCP, o Governo revelou que já tinha concluído «o projeto de execução para o investimento e, em articulação com a autarquia por via da celebração de um contrato interadministrativo, foi iniciado, em Janeiro de 2018, o procedimento de adjudicação da obra».

O executivo de António Costa previa, assim, o início da empreitada ainda em 2018.

Como a obra ainda não começou, os comunistas querem saber qual é o motivo do atraso e quando começará, de facto, a empreitada.

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