Interdição em praias algarvias devido à maré vermelha pode durar dias

Capitão do Porto de Faro diz que «tudo depende do mar»

A interdição das praias entre a Ilha Deserta, em Faro, e a Praia da Falésia, em Albufeira, motivada por microalgas que estão a formar aquilo a que se chama, vulgarmente, maré  vermelha, poderá ainda durar dias. O levantamento da proibição de ir a banhos depende do mar e do comportamento da mancha.

Contactado pelo Sul Informação, o capitão do Porto de Faro comandante Cortes Lopes confirmou a interdição e que já havia dito a todos os concessionários da sua área de jurisdição, entre Faro e Vilamoura, que hasteassem a bandeira vermelha – a Praia da Falésia é da responsabilidade da Câmara de Albufeira.

«Ontem surgiram algas vermelhas junto à Praia de Faro. A Agência Portuguesa do Ambiente fez análises rápidas e, em articulação com a delegada de saúde, recomendaram a interdição daquela zona balnear, cerca das 18h00. Esta manhã, depois de terem feito mais análises, recomendaram-nos formalmente, por escrito, a interdição das praias, como medida de precaução», revelou.

A mancha também «se espalhou por uma área mais extensa», sendo «mais compacta em alguns locais e mais dispersa noutros».

 

 

As microalgas que formam esta maré vermelha são do tipo dinoflagelados e podem ser perigosas para o ser humano, quando ingeridas. As análises feitas pela APA detetaram a presença de elementos potencialmente prejudiciais à saúde.

Esta não é uma situação inédita, tendo acontecido «ainda há uns dois anos», recordou Cortes Lopes. A proibição de ir a banhos está muito ligada à quantidade de algas e à sua concentração.

É precisamente isso que continua em causa, neste caso. «Amanhã, vamos ver como está situação, para perceber se as microalgas já dispersaram ou se estão mais concentradas. Tudo depende do mar. Nós iremos monitorizar a situação e agir em conformidade», revelou o capitão do Porto de Faro.

Ou seja, ainda não há perspetiva de quando terminará a maré vermelha, nem de quando se poderá voltar a tomar banho nas praias afetadas.

 

Fotos: Hélder Santos|Sul Informação

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