Em Olhão, há tablets à borla para todos os alunos

Dentro de três anos, todos os alunos do concelho, do 4º ao 12º ano, terão o seu próprio tablet, oferecido pela autarquia

Foto: Hugo Rodrigues|Sul Informação

A Câmara de Olhão vai oferecer tablets a todos os alunos do concelho, do 4º ao 12º ano, nos próximos três anos. A autarquia vai investir 300 mil euros por ano, introduzir o ensino digital nas escolas olhanenses, através de uma solução tecnológica providenciada pela Altice Portugal.

O acordo entre a Câmara olhanense e a Altice que permitirá entregar, no total e ao longo de três anos, cerca de 4500 tablets aos alunos entre o 4º e o 12º ano e professores das escolas do concelho, num investimento que rondará 900 mil euros, foi assinado hoje, quinta-feira.

No início do próximo ano letivo, todos os alunos do 4º, 7º e 10º ano e respetivos professores receberão um destes equipamentos novinho em folha e já com software, nomeadamente recursos pedagógicos da Porto Editora.

«Neste primeiro ano, serão entregues tablets a 1440 alunos e professores, pois estes últimos também terão de ter a mesma ferramenta, para estar em pé de igualdade», segundo António Pina, presidente da Câmara de Olhão.

Nos próximos dois anos, o investimento repetir-se-á, sempre com os estudantes destes três anos de escolaridade, de modo a que todos os alunos de Olhão possam ter o seu próprio tablet.

Para isso, a autarquia terá de desembolsar «quase um milhão de euros». Ainda assim, garantiu o edil olhanense, a aventura vai sair em conta, tendo em conta tudo o que está envolvido, graças ao parceiro Altice.

«O papel da Altice está em acompanhar este nosso sonho e em conseguir, dentro do que ficou estabelecido no caderno de encargos, trazer um preço e oferecer uma qualidade da plataforma que vamos disponibilizar como não existe igual no mercado, a este preço», disse António Pina.

Desta forma, considerou, este «é, também, um investimento da Altice», que também irá «acompanhar o projeto, porque têm interesse em que isto corra bem».

 

Alexandre Fonseca (à esquerda) e António Pina (à direita). Foto: Hugo Rodrigues|Sul Informação

 

É que a empresa não pretende parar por Olhão e ambiciona que este «projeto-piloto», como o apelidou Alexandre Fonseca, diretor executivo da Altice, possa ser replicado noutros locais do país.

«Fizemos um esforço significativo, do ponto de vista comercial, para participar num projeto que nós entendemos, desde o início, como sendo uma referência, por ser único e inédito em Portugal, que certamente se tornará uma referência para outros municípios, porque acreditamos que trará melhorias significativas ao processo educativo e no combate ao insucesso e abandono escolar», ilustrou o administrador da Altice.

O que está em causa, disse António Pina, é «um mundo novo na forma de ensinar». Isto porque, com esta solução, os alunos passam a ter acesso a software didático de parceiros da Altice.

«Há aqui um pacote associado, que inclui não só o tablet, mas também a plataforma de escola virtual da Porto Editora, bem como algo muito importante: uma componente de software de segurança», disse Alexandre Fonseca.

Esta última componente é providenciada pela Samsung, a marca dos tablets a entregar aos alunos e professores e «garante mecanismos de proteção para as crianças e jovens que vão utilizar estes equipamentos».

Outra vantagem do uso destas ferramentas eletrónicas é que as mochilas passam a pesar muito menos.

«Os manuais já são oferecidos pelo Governo. Mas todos os manuais têm um código associado, que permite a sua descarga e o seu uso em forma desmaterializada. Os alunos continuam a ter os livros em papel, vão ter as duas coisas», disse António Pina.

Ou seja, os alunos não terão de levar os manuais para a escola pois estes poderão ser «descarregados para os tablets».

 

Fotos: Hugo Rodrigues|Sul Informação – Câmara de Olhão

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