Município de Silves está solidário com os antigos trabalhadores da Alicoop

Autarquia exige que seja reposta «definitivamente a justiça em todo este processo indigno»

O Município de Silves manifestou hoje, em comunicado, a sua «total solidariedade com os trabalhadores da ex-Alicoop», que, de novo, estão a ser «confrontados com os créditos que foram forçados a contrair junto do Banco Português de Negócios SA (BPN), no início de 2008, no sentido de “salvar” a empresa e sob pena de perderem os seus postos de trabalho».
 
A autarquia salienta que «são largas dezenas de trabalhadores afetados, em vários casos, envolvendo mais do que um elemento do agregado familiar, num processo “criativo” e inqualificável que não dignifica os seus autores e responsáveis».
 
A Alicoop e posteriormente a N&F – Comércio e Distribuição Alimentar SA (Grupo Nogueira), «responsabilizaram-se pelo pagamento dos créditos, garantia que foi consagrada no Plano de Insolvência desta última entidade, que correu no Tribunal Judicial de Silves, e foi homologado em 13 de Março de 2012», recorda ainda a Câmara.
 
Com o “Acordo de cumprimento das prestações aprovadas em sede de Plano de Insolvência”, assinado entre a sociedade N&F (Grupo Nogueira) e o Banco BIC, herdeiro do BPN, e com a posterior reclamação dos créditos por parte do Banco junto da sociedade N&F, «os trabalhadores consideraram, justamente, a questão encerrada».
 
Por isso, sublinha a Câmara de Silves no seu comunicado, «é uma enorme surpresa e indignidade a atitude do Banco BIC de avançar com processos de execução aos trabalhadores, relativos aos mesmos créditos que estava a reclamar junto da sociedade N&F».
 
O Município de Silves conclui anunciando que está a pugnar para que «o Banco de Portugal, a Procuradoria Geral da República e o Governo eliminem as ameaças reais que impendem sobre largas dezenas de trabalhadores, causando a instabilidade da sua vida familiar, repondo definitivamente a justiça em todo este processo indigno».

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