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Num primeiro momento foram contratados para colmatar, de forma temporária, as ausências de colegas, mas três dos enfermeiros nesta situação já têm vínculos «por termo indeterminado» com o Centro Hospitalar e Universitário do Algarve (CHUA), após o Sindicato ter vindo a público dizer que «vários enfermeiros» iam abandonar os hospitais da região.

Num comunicado divulgado esta sexta-feira, 14 de Dezembro, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) contestou aquilo que considerou ser uma «prenda de Natal» envenenada.

«Vários enfermeiros receberam, nos últimos dias, a informação de que deixarão de estar no exercício de funções no Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA). Ainda que estes contratos sejam de “substituição” por ausências prolongadas, também é verdade que todos os enfermeiros são necessários face à extrema carência, razão pela qual deveriam permanecer com um contrato por tempo indeterminado», defende o Sindicato.

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Questionada pelo Sul Informação sobre esta questão, a administração do CHUA disse que, «tal como refere o próprio comunicado do SEP, trata-se de contratos a termo incerto, cujo objetivo era garantir a substituição, temporária, de profissionais de enfermagem que se encontravam em ausência prolongada».

«Neste sentido, e visto que alguns desses profissionais estão a regressar ao trabalho, os contratos, tal como estava definido pela sua própria natureza – de substituição e a termo incerto -, estão a terminar e os profissionais a serem informados», acrescentou a administração.

Ainda assim, garantiu o CHUA, «três destes contratos de substituição, a termo incerto, já foram reconvertidos em contratos por tempo indeterminado» e todos os outros «integram a lista de prioritários para futura contratação, assim que sejam disponibilizadas as respetivas autorizações de contratação por parte da tutela».

Aliás, o Centro Hospitalar e Universitário do Algarve disse que «irá continuar a demonstrar», junto do Ministério da Saúde, «a necessidade de reforço das equipas de enfermagem, tal como tem vindo a fazer ao longo de 2018, de forma positiva».

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Nuno Manjua, coordenador regional do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses

Do outro lado da barricada, o SEP acusa a administração do CHUA de «não cumprir os compromissos assumidos» numa reunião a 4 de Setembro, em que foi acordado que «todos estes contratos seriam convertidos em contratos por tempo indeterminado».

«Exigimos a rápida reintegração destes enfermeiros e, desde já, acusamos a administração e o Ministério da Saúde de potenciar uma má gestão dos recursos públicos. É inadmissível que se desperdice os conhecimentos acumulados por estes enfermeiros decorrentes do exercício de funções nesta instituição. Relembramos que o anterior Ministro da Saúde anunciou que, em Setembro, haveria novas admissões, o que não aconteceu. Em Agosto, apenas foram admitidos 70 profissionais de saúde, não só enfermeiros, número insuficiente para as necessidades», conclui o SEP.

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