Luz(a) volta a Loulé com videomapping, “Cardume” e nuvens na rua

Evento tem o apoio do “365Algarve”

Videomapping nos Paços do Concelho, a peça “Cardume”, que apela à problemática das alterações climáticas, ou “Cloud in Street”, uma instalação artística que encherá uma rua de nuvens, são atrações do LUZA – Festival Internacional de Luz do Algarve que arranca esta quinta-feira, 1 de Novembro, em Loulé. 

Até dia 3, a cidade vai ser invadida pela luz. Este ano, na segunda edição do festival, há uma aposta «na interatividade com o público e uma mensagem forte em termos dos problemas ambientais», diz a Câmara de Loulé.

A produção do ByBeau Studio e da Eventors’Lab, que conta com o apoio da Câmara Municipal de Loulé e tem a chancela do 365Algarve, pretende «superar os números do ano passado» e consolidar-se como um dos eventos que integram o circuito de festivais de luz da Europa.

«Para isso, o LUZA aposta em diversos formatos (exposições, instalações, performances, conferências, workshops) que primam pela inovação, criatividade e arrojo no que concerne ao universo da luz e das suas múltiplas aplicações e potencialidades», diz a autarquia louletana.

Uma das novidades nesta edição, como explicou Beau McClellan na conferência de imprensa de apresentação, realizada na passada sexta-feira, 26 de Outubro, é o LUZA Kids – Lumo meets Precious Plastic.

Uma vez que o «futuro deste Planeta está nas mãos das crianças», esta iniciativa, que acontece nos serviços educativos do Museu Municipal, dirigida às escolas e também ao público em geral, pretende mostrar a transformação de peças de plástico em peças artísticas. Os pequenos participantes são convidados a trazer um objeto em plástico que será reciclado e, em conjunto, com todas peças recicladas, será criado um azulejo de grandes dimensões.

Dois projetos do Município – Loulé Design Lab e Loulé Criativo – juntam-se nesta edição à programação do LUZA. com uma instalação nos Claustros do Convento Espírito Santo “Candeeiros do Pidutournée”.

Também haverá a possibilidade de comprar os candeeiros feitas pelas artesãs na Casa da Empreita, situada no centro histórico de Loulé.

A isto junta-se uma ação de formação, com um Workshop de Light Art “Introdução à arte Light Painting Photography”, com Kim Van Coels e Phill Fisher: “uma nova tendência no mundo da iluminação”

Outra das novidades é a Conferência “Working with Light”, no Cine-Teatro Louletano, onde os artistas do Festival e o público em geral serão convidados para um debate onde participam alguns nomes sonantes do mundo da iluminação.

O LUZA volta a ser uma montra internacional, com artistas oriundos de vários pontos do mundo: Portugal, Áustria, Espanha, Alemanha, Escócia, Rússia, Eslovénia ou França.

O percurso urbano que o visitante poderá percorrer neste segunda edição é semelhante ao de 2017, excetuando o facto de terminar em frente à Galeria ArtCatto, na Avenida José da Costa Mealha.

O ponto de partida volta a ser o Santuário da Mãe Soberana, onde decorre o momento inaugural do Festival, a “Torch Light Parade”.

Este será o momento de abertura do festival e contará uma vez mais com a participação do público e de alguns artistas, que transportarão as tochas acesas até ao terreno da feira, onde serão colocadas, formando um desenho. Por cada tocha será efetuado um donativo e toda a verba arrecadada será doada à Associação Existir.

Como referiu Ana Fernandes, da organização, “Infinity”, instalação que cria a ligação entre o nosso planeta e o universo, da autoria da equipa alemã The Core, a obra que será instalada na Mãe Soberana, «será o ex-libris do evento até pela dimensão (em altura) que a tornará visível a todos os que passarem por estes dias na A22».

No Convento Santo António, Elías Merino e Tadej Drolic (Espanha/Eslovénia) apresentam o projeto audiovisual “Synspecies”, inspirado por “ecologias virtuais”.

Já na Rua Nossa Senhora da Piedade, Telmo Ribeiro apresenta “Cloud in Street”, instalação artística que colocará a rua com nuvens a três a quatro metros do chão, através de fumo e laser. «Nuvens estas que vão estar em movimento, fazendo com que as pessoas percam a noção do espaço e tempo ao longo da rua», diz a Câmara de Loulé.

A única obra que será em forma de espetáculo é a “Water Melody”, «uma combinação brilhante e extraordinária de música e pintura de água, dos russos Olga Kaurova&Artur Bochkivskiy, na Igreja de S. Francisco, sendo que todas as outras são permanentes, no horário de funcionamento entre as 18h30 e as 00h00 com entrada gratuita».

Já na fachada do Castelo, a instalação interativa “Flora”, de Phillip Artrus, possibilitará ao espectador controlar interativamente a animação com um touchpad.

No chafariz, é a prata da casa que vai brilhar. Os artistas de Loulé e de Faro – José Jesus, Ricardo Jesus e Ricardo Ferreira – irão fazer uma intervenção na emblemática fonte da Bica Velha.

“Lumo” é a instalação desenvolvida por Irena Ubler e Daniel Rodrigues, a partir da transformação e reutilização de plástico reciclado e que poderá ser apreciada no Largo D. Pedro I, também como uma forma de sensibilização dos visitantes para a importância da recolha e transformação do plástico.

Na Alcaidaria do Castelo, os algarvios Boris Chimp 504 serão reincidentes neste evento, com a instalação “InterWorlds”, enquanto que na Cerca do Convento haverá mais uma instalação interativa – “For iTernity”, que pretende ser uma coreografia de luz, baseada no famoso solo de ballet “The Dying Swan”. «É uma peça de descoberta ao longo das várias performances», considera Ana Fernandes da organização.

O vídeo mapping e som vão estar este ano no edifício dos Paços do Concelho, pela mão de Klaus Obermaier que leva a instalação “Dancing House” a este LUZA.

Beau McClellan, o artista que é também o mentor do Festival, regressa com a peça “Cardume”, outro dos pontos deste Festival que apela à problemática global das alterações climáticas. Este trabalho vai estar exposto no Cine-Teatro Louletano.

Na Galeria ArtCAtto, o LUZA Lab apresenta a instalação “Light Box”, da artista residente em Paris, Filipa Cruz, enquanto que de Lisboa virá até Loulé Nuno Mika, para a apresentar “Memória Sonorosa”, na travessa em frente à Cerca do Convento, no âmbito das new media art.

«Acreditamos que este ano iremos superar os números do ano passado», concluiu Ana Fernandes.

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