AAUAlg: Aumento de alunos deixa universidade sem capacidade de resposta

AAUAlg exige soluções e diz que o desagrado dos alunos «é cada vez maior»

Dificuldades para comer nas cantinas, falta de estacionamento e salas sem ar condicionado. Estes são alguns dos problemas com que os estudantes da Universidade do Algarve se estão a debater neste início de ano letivo, denunciou esta terça-feira a Associação Académica da UAlg.

A entidade que representa os universitários algarvios manifestou publicamente «o desagrado sentido por todos os estudantes da UAlg, relativamente às mais diversas situações que carecem de uma resolução rápida, para que o bom funcionamento da universidade esteja assegurado e as infraestruturas estejam em condições para o aumento de alunos».

Num ano marcado não só por um aumento do número de alunos que ingressaram na UAlg, mas também pela mudança dos estudantes da Escola Superior de Saúde para o Campus de Gambelas, as soluções tardam em chegar, acusa a AAUAlg.

«Os estudantes relatam a grande dificuldade em realizar refeições no refeitório dos Serviços de Ação Social da UAlg, no Campus de Gambelas, devido à falta de funcionários para o serviço, obrigando os estudantes a esperar tempos prolongados», denunciou a Associação Académica.

«Devemos ter em conta que muitos desses estudantes têm tempos de almoço curtos e que, devido à sua realidade financeira, os refeitórios são a única solução viável para ter uma refeição completa, como será desejado para todos os alunos», acrescentou.

Outra questão é a falta de estacionamento nos campi da Penha e de Gambelas, «pois o número de lugares continua a ser manifestamente inferior ao que seria desejado para o número de alunos, docentes e não docentes que frequentam diariamente os campi, existindo um número grande de lugares de estacionamento que diariamente não são utilizados, por estarem em locais de acesso reservado».

No que toca às salas de aula, há um «grande número», nos vários edifícios, «com problemas no sistema de ar condicionado, tornando quase impossível a realização de aulas naqueles espaços devido ao calor que se faz sentir durante o dia, tendo a situação sido já reportada por estudantes e por professores».

«A reitoria tem conhecimento de todos os problemas mencionados e, até ao momento, não apresentou nenhuma solução imediata e de curto prazo, que vá ao encontro das necessidades imediatas dos alunos que já iniciaram o ano letivo», acusa a AAUAlg.

Isto apesar de, quando confrontada pelos dirigentes associativos, a reitoria ter apresentado «possibilidades de soluções, que receberam o nosso apoio, mas que até ao momento não foram postas em prática».

«O desagrado dos estudantes é cada vez maior e a AAUAlg não está alheia a esta situação, estando como sempre a pugnar pela defesa dos seus direitos e na luta incessante pela melhoria da qualidade dos campi para que, assim, seja possível “estudar onde é bom viver”», concluiu a Associação Académica.

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