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O Porto de Pesca da Baleeira, em Sagres, está «muito degradado» e põe «em causa a segurança dos seus utilizadores» denunciaram a Associação de Armadores de Pesca de Sagres e a Junta de Freguesia de Sagres, numa carta conjunta entregue à ministra do Mar aquando da sua visita a Sagres, para a cerimónia de abertura do XXXI Campeonato do Mundo de Caça Submarina.

A carta, assinada por Mário Galhardo, presidente da Associação de Armadores, e Luís Paixão, presidente da Junta de Freguesia, é acompanhada de fotografias que mostram em especial a degradação dos passadiços onde os barcos acostam e estacionam.

«O betão está a desfazer-se, colocando o ferro à vista, as escadas metálicas encontram-se num elevado estado de degradação, tendo já causado alguns acidentes, que um dia podem vir a ter graves consequências, as defensas estão a desfazer-se, colocando em risco as embarcações e o processo de atracagem», enumeram.

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«O ordenamento do Porto de Pesca é caótico, tanto em terra como no mar, tornando muito difícil a atracagem ao cais de descarga da lota, ao cais flutuante mais antigo e o acesso às instalações do salva-vidas», acrescentam.

«O que dizer da segurança dos pescadores quando chegam ao Porto da Baleeira e tentam subir pela escada?», interrogam. «Quem vai assumir a responsabilidade quando acontecer uma desgraça?»

Na sua carta, a autarquia e os armadores fazem ainda sugestões para que a economia local tire partido do turismo que procura Sagres, mas sem afetar a atividade dos profissionais de pesca. «O Porto da Baleeira é uma infraestrutura, que se for “pensada” de modo a ter condições para receber turistas, sem interferir com os profissionais pode ser uma mais-valia para a economia de Sagres e da região».

Uma das sugestões passa pela criação de condições na Lota de Sagres para receber visitantes, «de modo a que não interviessem no trabalho dos profissionais e pudessem ver a transação do “melhor peixe do mundo”».

Outra sugestão é a criação, «a médio prazo», de um Porto de Recreio, «com todas as suas valências».

Este porto,defendem, abriria «portas para novas perspetivas à exploração turística de Sagres e do Algarve. Estamos certos que os navegadores preferiam Sagres como ponto de paragem, quer pela sua localização geográfica, quer pelo simbolismo de visitar a “Vila do Infante”. Esta infraestrutura iria proporcionar emprego direto e indireto através da criação de inúmeros serviços».

Enquanto esse investimento não avança, e a «curto prazo», Junta e Freguesia e Associação de Armadores propõem a criação de um «local de abrigo temporário onde as embarcações de recreio se possam abrigar, descansar e abastecer, com sanitários, balneários, fornecimento de água e combustível».

«Para que se potencialize esta infraestrutura é necessário que seja elaborado um projeto com visão de futuro e não intervenções pontuais avulso, com tem acontecido e se prevê que venham a acontecer. O porto da Baleeira tem que ser pensado como um todo, onde a pesca e o turismo coabitam o mesmo espaço, sem interferências»», preconizam.

Uma dessas intervenções pontuais, segundo os signatários da carta, é o novo cais flutuante de descarga, para apoio à pequena pesca, instalado pela Docapesca, e que foi inaugurado pela ministra Ana Paula Vitorino na sexta-feira, na sua deslocação a Sagres.

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Porto de pesca da Baleeira

É que, salientam, «a realidade atual do Porto da Baleeira é de um equipamento totalmente degradado e desordenado que, além de pôr em causa a segurança das pessoas, transmite aos visitantes uma imagem degradante de um país da União Europeia que tem como principal setor da economia o turismo».

A Junta de Freguesia de Sagres e a Associação de Armadores de Pesca de Sagres aproveitam ainda para convidar a governante para voltar a visitar o Porto de Pesca da Baleeira, mas «para ouvir aqueles que lá trabalham diariamente, aqueles que conhecem as correntes marítimas, aqueles que conhecem a predominância dos ventos, para que, em conjunto, sejam encontradas soluções que vão ao encontro de todas as partes».

Na sua deslocação a Sagres, esta não foi a única contestação que esperava a ministra do Mar. Ana Paula Vitorino foi também abordada por membros do grupo informal “Stop Petróleo Vila do Bispo”, que contesta o previsto furo de prospeção de hidrocarbonetos ao largo da Costa Vicentina.

Os manifestantes entregaram a Ana Paula Vitorino um documento onde os signatários a despediam das suas funções de ministra do Mar, visto que, na sua opinião, «não tem sabido honrar» tal cargo.

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