A Câmara de Silves contratou insetos para a ajudarem a controlar as pragas nos jardins do concelho. A autarquia tem usado insetos auxiliares, predadores naturais dos animais infestantes, para combater a lagarta processionária do pinheiro e os afídios, vulgo piolhos verdes, evitando o uso de produtos químicos e também tem vindo a experimentar a «técnica inovadora» da endoterapia vegetal para combater pragas e enfermidades das árvores.
No caso da processionária do pinheiro, o município silvense começou a fazer «tratamentos em todas as escolas do concelho, através dos quais se conseguiu uma redução da presença desta praga com taxas de eficácia de 98%».
«Também está em curso um projeto-piloto de controlo preventivo dos piolhos verdes nos jacarandás localizados na praça All-Mutamid, que tem revelado, igualmente, níveis de sucesso significativos. No âmbito desta ação, serão largados nessas árvores, no dia 13 de Junho e pela primeira vez, insetos auxiliares (Chrysopas), que são predadores nativos (aparecem muitas vezes espontaneamente em estufas e em campo aberto), cujas larvas são vorazes e muito eficientes no controlo de afídios, chegando a comer 50 num dia», segundo a Câmara de Silves.
Além de insetos, a autarquia tem usado a endoterapia vegetal, «um método que consiste na injeção de nutrientes ou substâncias fitossanitárias diretamente no tronco da árvore, o que vai permitir a sua distribuição ao longo de todo o sistema vascular da planta».
Esta metodologia é usada para tratar árvores, em substituição dos tratamentos convencionais por pulverização. «Minimizam-se os riscos de alergias e as reações que possam surgir de animais e outras plantas, podendo ser aplicado em qualquer momento do dia, mesmo que chova, pois o produto estará dentro da planta e não será arrastado pela chuva. Deste modo, há, por norma, resultados mais rápidos», concluiu a Câmara de Silves.
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