Brandão Pires, o novo 1º Secretário da AMAL, quer ver nascer «um lóbi» algarvio

Uma «estratégia estável, que passe Governos, tenha um prazo longo e seja o lóbi da região». Este é um dos […]

Uma «estratégia estável, que passe Governos, tenha um prazo longo e seja o lóbi da região». Este é um dos legados que Joaquim Brandão Pires, eleito na segunda-feira para ocupar o cargo de 1º Secretário da AMAL – Comunidade Intermunicipal do Algarve, gostaria de ajudar a deixar para o futuro.

Aquele que, nas palavras de Jorge Botelho, presidente da AMAL, é «o homem que faz mexer a máquina administrativa» desta entidade viu o seu nome ser confirmado pela Assembleia Intermunicipal do Algarve. No passado dia 20, os presidentes de Câmara do Algarve aprovaram submeter o nome de Brandão Pires à aprovação do órgão que junta os presidentes e outros membros eleitos das Assembleia Municipais algarvias, decisão marcada pela recusa de Rogério Bacalhau, edil de Faro, em participar na votação.

Nesse dia, Jorge Botelho explicou ao Sul Informação que este «não é um cargo qualquer», já que o 1º Secretário é, no fundo, o administrador desta entidade e o operacional responsável por fazer os processos andar.

No seu discurso de tomada de posse, Joaquim Brandão Pires deixou bem claros os seus principais objetivos, enquanto detentor do cargo. «Nesta fase, há muitas coisas que temos de fazer em conjunto. Temos de voltar a lutar pelas causas comuns do Algarve. Devemos consensualizar uma estratégia para a região com objetivos para alcançar. Deverá ser uma estratégia estável, que passe Governos, tenha um prazo longo e seja o lóbi da região, algo que acho que tem faltado», resumiu.

«Por outro lado, temos de encontrar uma solução definitiva para a Governança regional, que penso ser um dos grandes problemas do Algarve», acrescentou.

Quanto a prioridades, Brandão Pires elegeu temas «de grande urgência, como a mobilidade, a saúde e a habitação». As alterações climáticas, a demografia – «um problema grave aqui no Algarve» – e a identidade regional foram outras dimensões focadas no discurso.

«Quero provar, no decorrer deste mandato, que não se enganaram na escolha. Estou com entusiasmo, tenho ideias e esta é a minha praia. É daqui que venho e sinto-me relativamente à vontade a trabalhar nesta área», disse, ainda, o novo 1º Secretário da AMAL.

Jorge Botelho, por seu lado, mostra-se confiante que Brandão Pires é o homem certo para ocupar este cargo. «É uma pessoa conhecedora e que tem currículo. Foi técnico e dirigente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve, foi diretor regional da Economia e diretor dos Portos. É consultor e conhece os problemas do Algarve. Tem um perfil mais discreto, mas é, obviamente, alguém conhecedor das matérias e desafios da região. Tem, inclusivamente, feito algum trabalho de consultoria para a AMAL», disse o também presidente da Câmara de Tavira.

Joaquim Brandão Pires foi vice-presidente da CCDR do Algarve entre 2005 e 2008, tendo também ocupado o cargo de diretor-delegado do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos, entidade entretanto extinta, bem como o de diretor regional de Economia (1996 a 2004).

É licenciado em Economia pelo Instituto Superior de Economia da Universidade Técnica de Lisboa, onde também obteve uma pós-graduação em Métodos Quantitativos Aplicados à Economia. Doutorou-se em Ciências Empresariais na Universidade de Huelva.

Até à sua eleição como 1º Secretário da AMAL, era membro da Assembleia Municipal de Tavira e vice-presidente do grupo do PS neste órgão autárquico.

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