Viveiristas e Mariscadores exigem apoios para cumprir lei e remover da ria materiais proibidos

Os viveiristas e mariscadores da Ria Formosa «exigem apoios» do Governo para proceder à remoção de materiais não permitidos das […]

Os viveiristas e mariscadores da Ria Formosa «exigem apoios» do Governo para proceder à remoção de materiais não permitidos das zonas de marisqueio, tornada obrigatória por um edital publicado recentemente. O Sindicato dos Trabalhadores da Pesca do Sul quer que o Governo suspenda a aplicação do edital e reformule «a estratégia para a concretização dos objectivos que o mesmo comporta».

Isso passa, segundo os sindicalistas, pela disponibilização de «apoios públicos para o transporte dos materiais que serão retirados e para a aquisição dos novos que os venham a substituir». Também é exigida a fixação «de um calendário adequado e compatível com a atividade do marisqueio».

«Não se contesta, naturalmente, a necessidade de proceder à substituição dos ditos materiais, por outros que se julguem mais adequados à manutenção da qualidade das águas. No entanto, tal procedimento não pode responsabilizar unicamente aqueles que ao longo dos anos têm cuidado da Ria, ameaçando-os, uma vez mais, com coimas que podem ir dos 10 mil aos 144 mil euros», enquadrou o sindicato.

É que, dizem os sindicalistas, «ao longo dos últimos anos, os mariscadores e viveiristas têm tido um papel fundamental na manutenção da qualidade das águas da Ria Formosa. Se há poluição, tal deve-se a outros fatores, designadamente à falta de investimento nas dragagens e tratamento de águas tantas vezes reivindicado. Os mariscadores e viveiristas são os primeiros interessados na preservação da Ria Formosa, pois a sua própria atividade depende da qualidade dessas mesmas águas».

«Ao longo dos anos, os mariscadores e viveiristas têm sido confrontados com sucessivas iniciativas visando a limitação do seu direito a viver e produzir na Ria Formosa. Em todas essas ocasiões, foi a sua luta e a sua unidade que permitiu defender os seus interesses. É essa também a atitude que agora se impõe», concluiu o sindicato.

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