Internacionalizar+Algarve alargou horizontes das empresas do Algarve de baixa densidade

As empresas dos territórios de baixa densidade do Algarve têm potencial para internacionalizar os seus produtos e há mercados interessados […]

As empresas dos territórios de baixa densidade do Algarve têm potencial para internacionalizar os seus produtos e há mercados interessados em comprá-los. Esta é uma das conclusões retiradas do projeto Internacionalizar+Algarve, promovido pelo NERA e pelo CRIA da Universidade do Algarve.

76  empresas de territórios de baixa densidade do Algarve estiveram envolvidas neste projeto, que arrancou em Abril de 2016 e que culminou com o Fórum Regional para a Internacionalização, que se realizou no dia 21 de Novembro, no Auditório do NERA, em Loulé.

Estas empresas dos setores do Turismo/Lazer, Mar e Agroalimentar aproveitaram o Internacionalizar+Algarve para interagir com consultores ligados a quatro mercados europeus (Alemanha, França, Holanda e Suécia) e tiveram reuniões B2B (Business-to-Business) com prospetores comerciais internacionais.

António Branco, reitor da Universidade do Algarve, Vítor Neto, presidente do NERA e Jorge Botelho, presidente da AMAL

Resultado destes encontros? Há potencial de internacionalização para produtos característicos dos territórios de baixa densidade, como o mel, o medronho ou os enchidos, e também nos serviços ligados ao mar (observação de cetáceos), ou ao turismo de natureza (caminhadas ou birdwatching). E os mercados alvo mostram-se interessados.

Vítor Neto, presidente do NERA, em declarações ao Sul Informação, fez um «balanço altamente positivo do Internacionalizar+Algarve, tendo em conta que estamos a falar de empresas nas zonas de baixa densidade da região. São zonas com menos desenvolvimento, menos crescimento económico,  menos empresas e mais frágeis».

Estas empresas ganharam um maior conhecimento sobre os mercados e, no âmbito do projeto, foram  estimuladas a desenvolver iniciativas coletivas de cooperação interempresarial.

Em relação ao número de empresas participantes, Vítor Neto faz também um balanço «positivo». «Deu-me satisfação, porque pensei que ia ser mais difícil. Termos feito isto, com estes objetivos mostra que há potencialidades, há vida, há atividade, ação, produtos e vontade de exportar», disse o dirigente dos empresários algarvios.

Tendo em conta os resultados positivos do projeto, no Fórum Internacional para a Regionalização ficou um “pedido” à CCDR Algarve, uma vez que o Internacionalizar+Algarve foi financiado pelo CRESC Algarve 2020: uma nova edição mais alargada.

«Muitas empresas com sede em zonas de alta densidade, mas com atividade em zonas de baixa densidade, não puderam fazer parte deste projeto. Por isso, propus ao presidente da CCDR que alargasse o programa a outras regiões, porque muitas manifestaram interesse», adiantou Vítor Neto.

Para o presidente do NERA, «a apresentação do projeto deu oportunidade para uma reflexão sobre os problemas de fundo do Algarve, ou dos vários “Algarves” que existem, sobre o desequilíbrio estrutural da região em termos económicos e empresariais e permitiu refletir sobre a necessidade de construir uma estratégia que permita congregar toda a diversidade numa estratégia única para a região».

O Internacionalizar+Algarve teve o NERA e o CRIA como entidades promotoras e a parceria da AMAL,  dos municípios de Alcoutim, Aljezur, Castro Marim, Loulé, Monchique, Silves, Tavira e Vila do Bispo, da Associação In Loco, da Associação Terras do Baixo Guadiana, da Odiana e da Vicentina.

Comentários

pub