Festival de Lucía levou «mais de 4 mil pessoas» para ver Mariza a Castro Marim

O Festival de Lucía, que se realizou nos dias 18 e 19 de Agosto, levou «mais de 4 mil visitantes» […]

O Festival de Lucía, que se realizou nos dias 18 e 19 de Agosto, levou «mais de 4 mil visitantes» a Castro Marim. 

Esta iniciativa transformou a vila «num palco de homenagem ao eterno génio da guitarra e mestre absoluto do flamenco contemporâneo Paco de Lucía», diz a Câmara de Castro Marim.

O evento é, portanto, «um festival de música, que se pretende que, anualmente, seja uma inspiração planetária para todos os que possam e desejem partilhar a eternidade do génio. Depois do primeiro evento, realizado em 2016, que se vestiu de um caráter mais intimista e foi aplaudido por cerca de 700 pessoas, o Festival cresceu com novas linguagens», acrescenta.

Tomatito lotou a primeira noite num concerto no Revelim de Santo António, ao qual assistiram cerca de 600 pessoas.

O artista é um dos mais conceituados músicos de flamenco, tendo já atuado ao lado de Paco de Lucia, Elton John e Chick Corea. Participou ainda no filme “O Advogado do Diabo”, ao lado de Al Pacino.

Em Junho de 2004 editou “Aguadulce”, que obteve o Grammy Latino 2005 de Melhor Álbum Flamenco.

Antes do concerto, Tomatito e Michel Camilo fizeram uma serenata de homenagem à mãe de Paco de Lucía, Luzia Gomes, junto à sua casa, em Monte Francisco.

«Rodeado por familiares de Paco de Lucía, tocaram a célebre música “Two Much”, num momento único e emocionante para os que assistiam a esta memória», conta a autarquia castromarinense.

No sábado, mais de 3 mil pessoas passaram pelo Festival de Lucía. «A fadista Mariza, madrinha e embaixadora do Festival de Lucía, encerrou este Festival com um concerto caloroso e emocionante, consolidando esta iniciativa e defendendo alargadas edições», diz a Câmara de Castro Marim.

No público, houve as presenças do cineasta e roteirista espanhol Carlos Saura, do compositor, produtor e guitarrista Javier Limón, produtor do álbum “Mundo” de Mariza e de vários discos de Paco de Lucía, além de vencedor de vários Grammys, do presidente do Montepio Félix Morgado, entre outras presenças do panorama artístico nacional e espanhol.

Interpretado pela pintura e fotografia de Carlos Saura, o Festival de Lucía compreendeu também a exposição “Memória de Paco de Lucía”, na Casa do Sal, dedicada à vida e obra do genial guitarrista, e as colaborações do jornalista e crítico musical Nuno Galopim, com a masterclass “Eurovisão: O artista e a Promoção da sua Geografia”, e do guitarrista e professor de Educação Musical e de Espetáculo e Multimédia Henrique Vieira, com a masterclass “Guitarras do Mundo”.

«Enlaçada ainda com o Festival de Lucía esteve a atuação da “Academia Gracia Diaz”, em Altura. A projeção de artistas locais, das mais variadas expressões artísticas, é também uma das forças motrizes deste Festival», acrescenta a Câmara de Castro marim.

O Festival de Lucía é apoiado pelo Algarve 2020, com uma taxa de cofinanciamento de 60% pelo Feder, durante dois anos.

No âmbito do festival esteve inserido outro: o de Guitarras, comparticipado pelo Interegg.

«Paco de Lucía (natural da vizinha Andalucia – Algeciras), reconhecido como um dos melhores compositores e guitarristas do mundo, tinha em Castro Marim as suas raízes, mais concretamente em Monte Francisco, terra que viu a sua mãe Lucía nascer», explica a Câmara de Castro Marim.

«É nesta ligação umbilical que o “Festival de Lucía” assenta, homenageando uma guitarra de várias linguagens, cruzamentos e matizes, como a que Paço de Lucía habitou o seu público, mas homenageando também as mulheres, através da memória de sua mãe, cuja alegria e semblante lusitano sempre o inspirou. Este é o Paco Português, que dedicou um disco a esta terra “Castro Marin” e à sua mãe», conclui a autarquia.

 

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